19 Abril, 2024

O 25 de Abril da falta de vergonha!

A importância de celebrarmos o 25 de Abril não se esgota em discursos bonitos proferidos na tribuna de uma Assembleia da República decorada com cravos vermelhos.

Celebrar o 25 de Abril é respeitar a quem fez a revolução pela população e não pelos seus interesses pessoais – como é o caso de alguns capitães de abril que apenas se revoltaram porque os oficiais milicianos passaram a ter os mesmos direitos que eles.

Celebrar o 25 de Abril devia lembrar-nos que o papel da política e dos políticos é o de respeitar o povo, agindo com ética sempre buscando o seu superior interesse. Mas o que é facto é que já percebemos – eu sempre o soube – que o PS não age com ética, nem com respeito. O PS e os seus concubinados agem em prol dos seus interesses pessoais e dos interesses do partido.

Este ano, o dia 25 de Abril vai ser uma nódoa no pano da democracia porque vamos – sim, vamos, o povo, os que pagam impostos para sustentar o conjunto da Assembleia da República – receber um homem, líder de um partido e presidente de um país que foi apanhado no maior escândalo de corrupção dos últimos tempos. Desenganem-se os que dizem que ele foi ilibado, porque não foi. Não houve nenhum juiz que dissesse que era inocente. O que aconteceu foi que, por questiúnculas processuais, o julgamento foi anulado – mas a culpa está lá.

Poderia estar a falar de José Sócrates, mas desta vez refiro-me a Lula da Silva, um político que pautou a sua intervenção pública pela corrupção, troca de favores e enriquecimento pessoal.

Que o PS esteja de acordo com esta visita no dia 25 de Abril não me espanta, afinal é o partido de onde saírem ilustres políticos como Mário Soares, Armando Vara ou José Sócrates. Mas que o PSD venha dizer que a receção a Lula “merecia a dignidade de ter um dia próprio” é demais para qualquer pessoa de Direita.

As declarações do líder parlamentar dos sociais-democratas não podiam ser mais claras: o PSD não é alternativa a rigorosamente nada. O PSD e o PS são duas faces da moeda do regime podre que destruiu Portugal desde o 25 de Abril. O PSD e o PS protegem-se, fingindo não gostar um do outro, porque andam de mãos dadas na corrupção sistémica que tem levado o país à ruína, vez após vez.

O Presidente da República recusa dissolver o Parlamento porque, diz, “não há alternativa”. Não há alternativa? O CHEGA é a alternativa. Um governo que junte PSD e CHEGA não será um governo como vimos acontecer com um defunto partido (paz à sua alma!): será um governo para os portugueses, será um governo para Portugal.

Patrícia Carvalho

Patrícia Carvalho

Folha Nacional

Ficha Técnica

Estatuto Editorial

Contactos

Newsletter

© 2023 Folha Nacional, Todos os Direitos Reservados