O 25 de Abril da falta de vergonha!

A importância de celebrarmos o 25 de Abril não se esgota em discursos bonitos proferidos na tribuna de uma Assembleia da República decorada com cravos vermelhos.

Celebrar o 25 de Abril é respeitar a quem fez a revolução pela população e não pelos seus interesses pessoais – como é o caso de alguns capitães de abril que apenas se revoltaram porque os oficiais milicianos passaram a ter os mesmos direitos que eles.

Celebrar o 25 de Abril devia lembrar-nos que o papel da política e dos políticos é o de respeitar o povo, agindo com ética sempre buscando o seu superior interesse. Mas o que é facto é que já percebemos – eu sempre o soube – que o PS não age com ética, nem com respeito. O PS e os seus concubinados agem em prol dos seus interesses pessoais e dos interesses do partido.

Este ano, o dia 25 de Abril vai ser uma nódoa no pano da democracia porque vamos – sim, vamos, o povo, os que pagam impostos para sustentar o conjunto da Assembleia da República – receber um homem, líder de um partido e presidente de um país que foi apanhado no maior escândalo de corrupção dos últimos tempos. Desenganem-se os que dizem que ele foi ilibado, porque não foi. Não houve nenhum juiz que dissesse que era inocente. O que aconteceu foi que, por questiúnculas processuais, o julgamento foi anulado – mas a culpa está lá.

Poderia estar a falar de José Sócrates, mas desta vez refiro-me a Lula da Silva, um político que pautou a sua intervenção pública pela corrupção, troca de favores e enriquecimento pessoal.

Que o PS esteja de acordo com esta visita no dia 25 de Abril não me espanta, afinal é o partido de onde saírem ilustres políticos como Mário Soares, Armando Vara ou José Sócrates. Mas que o PSD venha dizer que a receção a Lula “merecia a dignidade de ter um dia próprio” é demais para qualquer pessoa de Direita.

As declarações do líder parlamentar dos sociais-democratas não podiam ser mais claras: o PSD não é alternativa a rigorosamente nada. O PSD e o PS são duas faces da moeda do regime podre que destruiu Portugal desde o 25 de Abril. O PSD e o PS protegem-se, fingindo não gostar um do outro, porque andam de mãos dadas na corrupção sistémica que tem levado o país à ruína, vez após vez.

O Presidente da República recusa dissolver o Parlamento porque, diz, “não há alternativa”. Não há alternativa? O CHEGA é a alternativa. Um governo que junte PSD e CHEGA não será um governo como vimos acontecer com um defunto partido (paz à sua alma!): será um governo para os portugueses, será um governo para Portugal.

Editoriais do mesmo Autor

O PSD parece agora muito preocupado com as forças de segurança, mostrando-se disponível para conversar, ouvir e fazer cumprir as suas reivindicações. O objetivo é só um: ganhar pontos eleitorais, pois Luís Montenegro sabe que as Europeias de junho vão ser um teste para a sua liderança e também sabe que vai perder, pois será […]

O resultado eleitoral do último domingo deixou a esquerda e a extrema-esquerda encostada às cordas da sua insignificância. Os portugueses deixaram bem claro que as políticas e ideais que defendem não os representam: chega de dar tudo a quem vem de fora e nada aos nossos; chega de doutrinar as crianças nas escolas e universidades; […]

Portugal ocupa o 9º lugar no ranking das cargas fiscais sobre o trabalho mais altas da OCDE. Ao mesmo tempo, o IRC é o segundo mais elevado dos 38 países da OCDE (chega a 31,5%). No entanto, há quem goze de tratamento especial no que concerne ao pagamento de impostos. Por um lado, temos líderes […]

O PPD-PSD e o CDS-PP anunciaram, poucos dias antes do Natal, que iriam coligados às eleições legislativas do próximo dia 10 de março. Para o PPD-PSD é o sonho de fuga ao CHEGA, acreditando Luís Montenegro que concorrer a eleições em coligação com um partido que, em 2022, representou apenas 1,60% do eleitorado lhe é […]

As últimas semanas têm ficado marcadas pelo debate público sobre o que acontecerá ao país no pós-eleições de dia 10 de março. A verdade é que a resposta é muito sim- ples e não carece de horas e horas de análise na televi- são feita por comentadores do sistema e, na sua larga maioria, de […]