Ventura considera “fascismo higiénico” alterações à lei do tabaco

© Folha Nacional

O presidente do CHEGA classificou as alterações à lei do tabaco propostas pelo Governo como “fascismo higiénico” e defendeu que os estabelecimentos que adaptaram os seus espaços para permitir zonas de fumadores devem ser indemnizados pelo Estado.

Em declarações aos jornalistas no parlamento, André Ventura manifestou-se contra as novas restrições e proibições ao consumo de tabaco propostas pelo executivo e afirmou que existem “estabelecimentos comerciais, de restauração, de hotelaria, que fizeram ajustes depois da última alteração [legislativa], que foi há poucos anos, na configuração dos espaços onde se poderia fumar, e que agora vão ver essas licenças revogadas”, defendendo agora devem ser indemnizados pelo Estado.

No passado dia 11 de maio, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o Governo esclareceu que para os estabelecimentos que têm os seus espaços adaptados aos procedimentos legislativos que entraram recentemente em vigor, a eliminação definitiva do fumo em áreas fechadas só entra em vigor a partir de 2030, permitindo-lhes recuperar o investimento realizado.

Além desta questão, o presidente do CHEGA contestou que possa haver “zonas do país onde os fumadores terão que se deslocar quilómetros para poder adquirir tabaco”.

“É evidente que a Assembleia da República e o Governo podem legislar sobre o que entenderem, no tempo que entenderam e como entenderem, o que não podem é andar a brincar com a economia”, sustentou, dizendo estar “à vontade” por não ser fumador.

Na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou diversas alterações à lei do tabaco, equiparando cigarros eletrónicos ao tabaco normal e criando restrições à venda e consumo, com o ministro da Saúde a sublinhar que é preciso “ir mais longe”.

Entre as medidas anunciadas, Manuel Pizarro enfatizou o “alargamento da proibição de fumar ao ar livre dentro do perímetro de locais de acesso ao público de uso coletivo, sobretudo nos espaços onde estão pessoas mais vulneráveis, sejam equipamentos de saúde ou escolares e a impossibilidade de criação de novos espaços reservados a fumadores nos recintos onde isso ainda é permitido em áreas fechadas”.

O Governo propõe ainda, a partir de 2025, a extensão da proibição de venda de tabaco em locais onde é proibido fumar e uma “redefinição dos espaços onde é permitida a instalação de máquinas de venda automática”, face aos condicionalismos que isso representa para o controlo da venda a menores.

Últimas de Política Nacional

O presidente do CHEGA anunciou hoje que vai pedir uma nova audição ao ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, afirmando que "ficou claro que houve uma ordem" para que a consulta às gémeas luso-brasileiras fosse feita.
A ex-secretária de António Lacerda Sales disse esta sexta-feira que não fez nada que o antigo secretário de Estado da Saúde não soubesse, revelando que teve orientações para contactar Nuno Rebelo de Sousa e hospital sobre as gémeas luso-brasileiras.
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que as respostas enviadas pelo ex-primeiro-ministro António Costa ao parlamento, sobre o caso das gémeas luso-brasileiras, “deixam no ar muitíssimas interrogações” e “são ineficazes e incompletas”.
O presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) considerou, na passada terça-feira, que o aumento da população estrangeira residente em Portugal constitui um desafio para o país.
Ano após ano, Portugal tem sido severamente afetado pelos incêndios florestais. Uns anos mais graves do que outros, mas não há ano em que as televisões não estejam repletas de imagens devastadoras de povoações destruídas pelo fogo, de pessoas em desespero a tentar salvar os pertences de uma vida e os seus animais.
O jurista Carlos Moreira é o novo diretor do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, cadeia de onde no passado dia 07 se evadiram cinco reclusos através de um muro e que continuam a monte.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que vai propor a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre “o combate aos incêndios” desde 2017 até hoje, desafiando o PSD a “ir mais longe”.
O parlamento corrigiu hoje de dois para um o número de juízes a eleger para o Tribunal Constitucional (TC), após Almeida Ribeiro ter recebido parecer negativo na sua candidatura ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).
O presidente do CHEGA, André Ventura, pediu hoje ao Governo e autarquia de Lisboa que tomem medidas para reforçar a segurança no centro de Lisboa, referindo um alegado aumento da prostituição e conflitos com gangues.
O presidente do CHEGA agradeceu esta terça-feira aos operacionais em combate aos incêndios, afirmando que este não é tempo de "politiquice", mas ressalvou que o executivo falhou na prevenção e insistiu na equiparação de incendiários a terroristas.