Fernando Medina ouvido hoje na comissão de inquérito

© Folha Nacional

Fernando Medina vai esta sexta-feira à comissão de inquérito à TAP explicar a nomeação de Alexandra Reis para o Governo, meses após sair da companhia com uma indemnização de 500.000 euros, e a exoneração dos ex-presidentes da transportadora.

A audição do ministro das Finanças é a última das previstas na comissão de inquérito, das cerca de seis dezenas que os deputados consideraram necessárias para o esclarecimento sobre a tutela política da gestão da TAP e que arrancaram em 29 de março.

Fernando Medina assumiu funções como ministro das Finanças em 30 de março do ano passado, sensivelmente um mês depois da saída da ex-administradora da TAP Alexandra Reis, com uma indemnização de meio milhão de euros, à qual não teria direito.

Após uma breve passagem pela presidência da NAV Portugal – Navegação Aérea, Alexandra Reis foi convidada para a equipa de Fernando Medina, no final do ano, assumindo as funções de secretária de Estado do Tesouro, cargo do qual se demitiu na sequência das notícias sobre a polémica indemnização, em dezembro.

Em audição na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, em janeiro, Fernando Medina disse ter estado com Alexandra Reis uma vez, antes do convite para o Governo, e vincou que a ex-secretária de Estado não faz parte do grupo de amigos, em resposta a questões sobre a relação da sua mulher e ex-diretora jurídica da TAP, Stéphanie Sá Silva, com Alexandra Reis.

A protagonista da polémica indemnização afirmou, em audição na comissão de inquérito, em abril, que a sua relação com a mulher do ministro das Finanças era “estritamente profissional”.

Fernando Medina reiterou ainda que não foi “encontrado registo” no seu ministério sobre a indemnização recebida por Alexandra Reis, justificando a sua escolha para o Governo por ter um “currículo bem firmado na gestão pública portuguesa”.

Em 6 de março, Fernando Medina e ministro das Infraestruturas, João Galamba, anunciaram, em conferência de imprensa, que, dadas as conclusões de uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), tinham decidido exonerar por justa causa a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, bem como o presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja.

Segundo avançou a SIC, a ex-presidente executiva, que tinha mandato até 2026, vai contestar o despedimento em tribunal e, caso seja decidido a seu favor, poderá estar em causa o pagamento de uma indemnização avultada.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.
Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.
Em visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, André Ventura, candidato presidencial apoiado pelo CHEGA, afirmou que o mundo rural “deveria ter muito mais importância no debate político” e sublinhou a necessidade de defender “os grandes símbolos do país rural”, que considera frequentemente esquecidos pelas forças políticas do sistema.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende que estrangeiros não residentes, sem seguro ou qualquer acordo internacional, passem a assumir os custos dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde