Quase 84% dos municípios identificam 77 mil famílias em condições indignas

Quase 84% dos municípios estão a desenvolver Estratégias Locais de Habitação, no âmbito do programa 1.º Direito, tendo identificado 77 mil famílias a viverem em condições indignas, atualizou hoje a ministra da Habitação, na Assembleia da República.

Em audição regimental na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, Marina Gonçalves apresentou os dados atualizados, até 03 de julho, do 1.º Direito, programa criado em 2018 para encontrar soluções para as 26 mil famílias com carências habitacionais identificadas à data.

As soluções habitacionais para essas 26 mil famílias serão financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com 1.200 milhões de euros, até 2026.

Na apresentação aos deputados, a ministra referiu que 258 municípios têm atualmente Estratégias Locais de Habitação em execução (84% do total de 308 municípios do país).

O número de casas entregues mantém-se o mesmo em relação a abril, quando a ministra fez o anterior balanço do 1.º Direito no parlamento, mas os fogos em obra ou a entrar em obra aumentaram para 7.500.

Também o número de casas que deverão ser entregues até ao fim de 2023, no âmbito do 1.º Direito, subiu de 1.000 para 1.300 casas, acrescentou a governante.

Na audição, Marina Gonçalves adiantou que são “mais de 10 mil” os candidatos ao concurso de abril, ainda em análise, ao Porta 65, programa antes destinado a apoiar jovens no pagamento da renda, mas que o Governo alargou a outras faixas etárias, desde que em situações de vulnerabilidade (quebra de rendimentos superior a 20% ou famílias monoparentais).

Marina Gonçalves disse também que serão assinados “nas próximas semanas” os primeiros contratos do programa Arrendar para subarrendar, no quadro do qual o Estado vai propor o arrendamento voluntário de imóveis a privados – casas devolutas e prontas a habitar – para depois subarrendar essas casas a famílias com taxas de esforço máximas de 35%.

As casas serão arrendadas pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), que garante o pagamento pontual das rendas e, quando o contrato terminar, realiza a entrega das casas nas mesmas condições em que as recebeu.

Últimas do País

O Ministério Público assegura que "investigará todos os factos suscetíveis de constituírem crime de que tenha conhecimento", no âmbito do inquérito à TAP, incluindo "os que eventualmente constituam fraude contra a Segurança Social", adiantou fonte oficial à Lusa.
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) pediu hoje uma reunião ao Ministério da Administração Interna (MAI) para resolver os atrasos no pagamento dos serviços gratificados, com muitos polícias sem receber essas verbas desde fevereiro.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 410 quilos de carne num talho em Barcelos e instaurou um processo-crime, por posse e comercialização de géneros alimentícios “bastante deteriorados e impróprios para o consumo”, foi hoje anunciado.
Cerca de 3.700 operacionais, apoiados por 1.100 meios terrestres, combatiam às 00:00 de hoje mais de 80 incêndios em Portugal Continental, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
A Assembleia de Representantes da Ordem dos Médicos (OM) vota na segunda-feira a criação da nova especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, permitindo, se for aprovada, começar a formar especialistas já em 2025.
Um jovem "terá exibido uma arma de fogo" num acerto de contas entre alunos junto a uma escola em Benfica, em Lisboa, hoje à tarde, e entregou-se depois na esquadra local, revelou a PSP, referindo não haver feridos.
Sete pessoas, das quais cinco eram funcionários de uma empresa a operar no aeroporto de Lisboa, foram detidas em flagrante delito por tráfico de droga, após desviarem duas malas com mais de 50 quilos de cocaína.
O Governo decretou um dia de luto nacional para sexta-feira pelas vítimas dos incêndios dos últimos dias, uma deliberação aprovada hoje pelo Conselho de Ministros.
Na freguesia de Ossela, que esta madrugada foi uma das mais afetadas pelo incêndio que lavra desde domingo em Oliveira de Azeméis, pedem "uma medalha" para o jovem serralheiro que andou a apagar mato e assim salvou várias casas.
O complexo de incêndios que afetou desde domingo as zonas de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda está dominado e em fase de resolução, revelou hoje a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).