CHEGA vai pedir apreciação parlamentar de diploma sobre professores

© Folha Nacional

O presidente do CHEGA anunciou hoje que o partido vai pedir a apreciação parlamentar do diploma do Governo sobre a progressão na carreira dos professores e propor a constituição de um grupo de trabalho na Assembleia da República.

“O CHEGA, independentemente do decreto que venha a ser promulgado, vai pedir a apreciação parlamentar no parlamento de qualquer decreto que tenha que ver com a carreira dos professores, uma vez que sentimos e sabemos que este não é o regime de carreiras que os professores queriam e desejavam”, afirmou André Ventura.

Ventura disse que o partido vai pedir a apreciação parlamentar mesmo que a proposta do Governo seja promulgada pelo Presidente da República.

O líder do CHEGA falava aos jornalistas à chegada ao Conselho Nacional do partido, em Azeitão (concelho e distrito de Setúbal).

André Ventura indicou que o CHEGA vai propor também que seja constituído um grupo de trabalho na Assembleia da República que seja composto por representantes do Governo e de todos os grupos parlamentares e “com propostas de todo os partidos”, para tentar encontrar uma solução “o mais consensual possível”.

“Nunca será possível consenso absoluto, mas que seja possível um consenso sobre esta matéria para sairmos daqui, desta ronda de negociações, com um diploma que também serene os ânimos o mais possível”, defendeu.

O presidente do CHEGA considerou ser “importante que este regime de carreira dos professores fosse o mais consensual possível para não haver alterações quando eventualmente a direita vencer eleições”.

Indicando que tem acompanhado este tema “com muita preocupação”, o deputado disse temer “um novo ano novamente com caos, com greves e com contestação”.

Ventura referiu que o PS “é o principal interessado” em chegar a uma solução que agrade a todos, “não é sequer a oposição”, sustentando que, “num certo sentido de cinismo político, à oposição interessa que isto continue desta forma”.

O líder do CHEGA voltou também a defender uma calendarização da recuperação do tempo de serviço dos professores, com metas estabelecidas, uma solução para a questão da mobilidade por doença e, ainda, um debate sobre o modelo de financiamento do ensino.

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou alterações ao diploma sobre a progressão da carreira dos professores que o Presidente da República tinha vetado no dia anterior, mas o Governo recusou detalhar as mudanças por decorrerem de uma “interação direta” entre primeiro-ministro e o chefe de Estado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu hoje promulgar o novo diploma do Governo sobre a progressão dos professores por entender que deixa “uma porta entreaberta” para acelerar o avanço das carreiras dos docentes.

“[Com] a fórmula que me chegou, num diploma que já está em Belém, desde o fim da semana, fica uma porta entreaberta, que preenche o mínimo que eu desejava”, afirmou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas em Vila Viçosa, no distrito de Évora.

A alteração introduzida pelo Governo ao diploma, salientou, “provavelmente, vai ser suficiente para promulgar”.

Últimas de Política Nacional

O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que prevê uma isenção alargada do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para habitação própria e permanente, introduzindo novas condições de acesso ao benefício fiscal
O CHEGA reiterou a sua oposição a qualquer aumento nos impostos sobre os combustíveis, defendendo que o Governo deve garantir que os preços não sobem e propondo a eliminação do adicional do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).
André Ventura reuniu, em apenas cinco horas, as 7.500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura à Presidência da República.
O Tenente-Coronel Tinoco de Faria anunciou que decidiu retirar-se da corrida às eleições presidenciais, declarando o seu apoio a André Ventura, numa decisão que descreveu como tomada “em defesa dos valores da Nação”.
“Pode aparecer um maluco...”, foi o que um ativista cigano declarou em entrevista ao Diário de Notícias, referindo-se ao candidato presidencial André Ventura. A menos de três semanas das presidenciais, o caso agrava o clima de tensão em torno da candidatura do líder do CHEGA.
O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, afirmou, em audição parlamentar no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026, que “já existem três organizações terroristas a operar em Portugal”, exigindo explicações ao Governo sobre o alegado funcionamento dessas células no território nacional.
Candidato presidencial reage à abertura de um inquérito por causa dos cartazes da sua campanha. Ventura fala em ataque à liberdade de expressão e garante que não vai retirar a mensagem: “Cumpro a lei, mas não abdico das minhas convicções.”
Decisão de Marco Almeida causa polémica logo na primeira reunião do novo executivo. Autarquia defende legalidade e fala em mérito profissional, mas a nomeação do companheiro de uma vereadora para liderar os SMAS de Sintra levanta críticas e acusações de favorecimento.
A Câmara da Nazaré confirmou a realização de buscas nesta autarquia, mas o antigo presidente, Walter Chicharro, esclareceu que se limitou ao licenciamento urbanístico das vivendas investigadas pela PJ que são propriedade do Estado.
O CHEGA considera que o aumento das pensões deve ser um "desígnio histórico" e propõe, no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano, uma subida de 1,5%, além do que está previsto por lei.