Diplomas sobre drogas, habitação e lei militar aguardam decisão de Belém

© Presidência da República

O decreto que altera legislação sobre drogas, o programa ‘Mais Habitação’ ou as leis militares são alguns dos diplomas que já chegaram a Belém ou estão a caminho, aguardando uma decisão do Presidente da República.

Depois de um primeiro veto, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu o novo diploma do Governo sobre progressões na carreira dos professores, que já admitiu promulgar, mas esse não é o único documento que o chefe de Estado tem entre mãos.

Alguns diplomas já estão em Belém à espera do veredicto do Presidente, como é o caso da Lei de Programação Militar (LPM) — diploma que estabelece o investimento público na manutenção, equipamento e armamento das Forças Armadas e prevê um montante global de 5.570 milhões de euros até 2034 – e da Lei de Infraestruturas Militares (LIM), ambas aprovadas no parlamento no dia 07 de julho.

Outros decretos, já foram publicados no Diário da Assembleia da República e aguardam que termine o período regimental estabelecido para eventuais reclamações contra inexatidões, antes de seguirem para o Presidente da República.

É o caso do programa do Governo ‘Mais Habitação’, pacote legislativo que avança com mudanças ao nível do arrendamento, dos licenciamentos ou do alojamento local e que foi aprovado no parlamento apenas com o voto favorável do PS.

Outro dos textos que deverá seguir para Belém em breve é o que pretende descriminalizar as drogas sintéticas, equiparando-as às clássicas, fazendo a distinção entre o tráfico e o consumo dessas novas substâncias.

As alterações, que descriminalizam a posse de droga, independentemente da quantidade, desde que fique provado que se destina a consumo próprio, geraram alguma polémica incluindo pedidos de “ponderação” por parte do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

O decreto que cria o Banco de Terras e o Fundo de Mobilização de Terras – que colocará terrenos do Estado e sem dono conhecido à disposição de privados que os queiram gerir – ou alterações à lei que regula o funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas, são outros temas que aguardam decisão do chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa terá ainda que analisar decretos como o que aumenta para 18 anos a idade até à qual uma criança pode ser adotada (e que até agora era de 15 anos), um decreto sobre o reforço da proteção de vítimas de crimes contra a liberdade sexual ou ainda a proposta de lei do Governo que “define os objetivos, prioridades e orientações da política criminal para o biénio de 2023-2025”.

O Presidente da República pode promulgar, vetar ou pedir ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva dos diplomas que recebe em Belém.

No primeiro dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Presidente foi questionado sobre os diplomas que aguardam o seu ‘crivo’, nomeadamente o texto sobre a progressão da carreira dos professores, dizendo que terá oportunidade de o promulgar, assim como outros, salientando que “continua a trabalhar”.

Últimas de Política Nacional

Um despacho silencioso que entregou milhões ao Grupo Pestana e 22 escutas que ficaram na gaveta durante anos: dois episódios que voltam a colocar António Costa no centro de suspeitas políticas e judiciais.
O parlamento aprovou hoje o reforço da dotação orçamental do Tribunal Constitucional em 1,6 milhões de euros, por proposta do CHEGA, acedendo assim ao pedido feito pelos juízes do Palácio Ratton em audição parlamentar.
André Ventura deixou um recado direto ao país: Portugal deve condenar a Rússia, mas não enviará jovens portugueses para morrer na Ucrânia. O candidato presidencial exige clareza dos líderes políticos e garante que, se for eleito, evitará qualquer participação militar portuguesa no conflito.
O debate presidencial entre André Ventura e António José Seguro foi o mais visto da semana, superando largamente todos os restantes. No extremo oposto, o duelo entre Gouveia e Melo e João Cotrim de Figueiredo ficou no fundo da tabela, com a pior audiência registada.
André Ventura, presidente do CHEGA, marcou as comemorações do 25 de Novembro, defendendo o legado dos militares que travaram a deriva extremista e reafirmando que Portugal deve celebrar quem garantiu a liberdade e não quem tentou destruí-la.
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considerou hoje “historicamente oportuna a decisão política e militar de rememorar o 25 de Novembro”, salientando que não se trata de celebrar a data mas dignificar a instituição militar e a nação.
O vereador do CHEGA na Câmara de Braga, Filipe Aguiar, pediu hoje uma "atuação firme" do município perante denúncias que apontam para a passagem de cerca de meia centena de atestados de residência para um T3 na cidade.
O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, anunciou hoje que o seu partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na votação final global, agendada para quinta-feira.
O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.