O país ficou em choque com as notícias mais recentes no âmbito da habitação arrendada: espera-se uma atualização, no próximo ano, na casa dos 6.9%. Este cenário está a deixar, naturalmente, os inquilinos e muitas centenas de milhares de famílias com o coração nas mãos, expectantes sobre a evolução da situação económica em Portugal.
Muitos sabem, segundo dados recolhidos recentemente, que não conseguirão suportar as despesas relacionadas com a sua habitação ou dos seus familiares, tendo de entregar os imóveis ou sujeitar-se a situações de incumprimento contratual.
Também a subida consistente dos juros, a nível europeu, está a revelar-se um pesadelo para quem comprou casa nos últimos anos: nalguns casos a prestação subirá mais de 200 euros em Setembro, o que torna a classe média especialmente vulnerável a esta situação.
No recomeço do ano político, o Presidente do CHEGA, André Ventura, disse ao Folha Nacional que esta é uma responsabilidade pessoal e política de António Costa, que prometeu desenvolver todos os esforços para resolver o problema e apenas o agravou. ‘Até o programa Mais Habitação, agora vetado pelo Presidente, foi um absoluto fracasso e teve o efeito contrário: agravou mais a desconfiança e a incerteza num mercado já muito volátil. Costa prometeu mais habitação e deixa um legado de habitação muito mais cara e salários comparativamente mais baixos’, referiu Ventura.