Poucas horas depois de o Pentágono ter anunciado o reforço da sua presença militar na região face às “recentes escaladas do Irão e das suas forças afiliadas”, Austin deixou uma mensagem na ABC News “àqueles que procurem alargar o conflito”.
“O nosso conselho é: ‘Não façam isso’. Preservamos o nosso direito de nos defendermos e não hesitaremos em agir em conformidade”, declarou.
Os Estados Unidos anunciaram no sábado à noite um reforço militar no Médio Oriente em resposta às “recentes escaladas do Irão e das suas filiais” na região.
Um sistema de defesa antimíssil de alta altitude e várias baterias de mísseis terra-ar Patriot serão instalados “em toda a região”, e mais meios militares foram colocados em estado de “pré-implantação”, anunciou Lloyd Austin em comunicado.
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos e Israel que a situação “pode tornar-se incontrolável” no Médio Oriente se não puserem “imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza”.
“Hoje, a região é como um barril de pólvora (…). Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelita que se não puserem imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região pode tornar-se incontrolável”, afirmou Hossein Amir-Abdollahian, numa declaração em Teerão com a sua homóloga sul-africana, Naledi Pandor.
A comunidade internacional receia um alastramento da guerra entre o movimento islamita Hamas e Israel e um maior envolvimento do Hezbollah libanês, aliado do Hamas apoiado pelo Irão.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O terminal de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito, vai permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.