No seu discurso no palácio presidencial de Varsóvia, Duda sublinhou que, desta forma, dá “continuidade à tradição parlamentar, segundo a qual o partido vencedor [das eleições] é o primeiro a ter a oportunidade de formar Governo”.
O partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), vencedor das eleições legislativas de 15 de outubro, não tem maioria parlamentar, pelo que a decisão de Duda servirá provavelmente apenas para adiar a formação de um governo de uma aliança de partidos da oposição, que é liderada pela Plataforma Cívica (PO), do ex-primeiro-ministro e antigo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Andrzej Duda sublinhou que os representantes das duas fações políticas adversárias apresentaram as suas candidaturas e manifestaram a vontade de formar um executivo e disse ainda que “cada partido manifestou a sua convicção de que conseguirá reunir a maioria necessária”.
Após a nomeação de Morawiecki, o novo parlamento realizará uma sessão no dia 13 de novembro sob a liderança de Marek Sawicki, um deputado da oposição que, devido ao seu estatuto de veterano, foi nomeado provisoriamente pelo Presidente polaco para desempenhar este cargo.
Nesse dia, o atual governo em exercício apresentará a sua demissão e Morawiecki será proposto como candidato à chefia do novo executivo e, caso não seja eleito por maioria absoluta, Duda terá duas semanas para designar outro nome.
Nos últimos dias, os líderes dos partidos que compõem a aliança da oposição apelaram a Andrzej Duda para concordar em confiar a formação do Governo a Tusk e assim oferecer “uma cooperação construtiva que ponha fim ao ‘suspense’”, através de “uma decisão rápida, sem desperdiçar nem um segundo mais, porque se o que [o Presidente] precisa saber é se há maioria, gostaríamos de informá-lo que sim, há”.