Debate e votação da investidura de Sánchez na quarta e quinta-feira

O parlamento de Espanha vai fazer na quarta e quinta-feira desta semana o debate e votação da reeleição do socialista Pedro Sánchez como primeiro-ministro, disse hoje a presidente do Congresso dos Deputados, Francina Armanegol.

©facebook.com/pedro.sanchezperezcastejon

Sánchez fechou na semana passada os acordos parlamentares que, à partida, viabilizarão um novo Governo de esquerda em Espanha, na sequência as eleições legislativas de 23 de julho.

Com os acordos que alcançou, Sánchez prepara-se para liderar um Governo de coligação de esquerda formado pelo partido socialista espanhol (PSOE) e pelo Somar e viabilizado, no parlamento, por mais seis partidos regionalistas, nacionalistas e independentistas das Canárias, Catalunha, Galiza e País Basco.

Se se confirmarem os votos a favor de todas estas formações políticas, Sánchez conseguirá ser reelegido primeiro-ministro de Espanha com o apoio de uma maioria absoluta de 179 dos 350 deputados espanhóis.

Na legislatura anterior, Sánchez foi eleito chefe do Governo de Espanha com uma maioria simples de 167 votos a favor, 18 abstenções e 165 votos contra.

Entre os votos contra estiveram então, em janeiro de 2020, os de dois partidos que agora vão viabilizar o novo Governo do socialista: Coligação Canária e Juntos pela Catalunha, do ex-presidente do governo regional Carles Puigdemont, protagonista da tentativa de autodeterminação da Catalunha em 2017 e que vive na Bélgica desde esse ano para fugir à justiça espanhola.

Dos acordos do PSOE com os partidos catalães faz parte uma amnistia de independentistas catalães que está a ser contestada pelos partidos de direita e associações de juízes e procuradores, entre outros setores.

O PSOE foi o segundo partido mais votado nas eleições de 23 julho e a esperada reeleição de Sánchez como primeiro-ministro segue-se a uma tentativa falhada de formação de um Governo de direita do Partido Popular (PP), no final de setembro.

 

Últimas de Política Internacional

A China denunciou hoje como inaceitável o paralelo que o Presidente francês, Emmanuel Macron, estabeleceu entre a situação na Ucrânia e em Taiwan, ilha que o Ocidente receia que seja invadida por Pequim.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, disse hoje, em Singapura, que os Estados Unidos "não procuram um conflito com a China", mas que não serão expulsos de "região crucial do Indo-Pacífico".
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou hoje que os Estados Unidos vão recusar vistos às autoridades estrangeiras que censurarem publicações de norte-americanos nas redes sociais.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, defendeu hoje que a situação humanitária em Gaza "continua a ser intolerável", acusando Israel de ataques contra civis que "vão para além do que é necessário".
O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse hoje que a Alemanha passa a estar entre os países que já não impõem à Ucrânia a condição de não utilizar armas alemãs contra alvos militares na Rússia.
O Governo de Bissau expressou hoje desagrado pela forma como Portugal tratou a apreensão de passaportes guineense no aeroporto de Lisboa e pede a devolução dos documentos que garante são legais.
O Presidente ucraniano insistiu hoje que só o aumento das sanções impedirá a Rússia de se sentir impune para continuar a intensificar os ataques contra a Ucrânia, após Moscovo ter disparado esta madrugada um número recorde de 'drones'.
A Rússia e a Ucrânia trocaram hoje centenas de prisioneiros, na segunda fase de uma troca recorde de soldados entre Moscovo e Kiev e após acordos na semana passada, anunciaram os dois países.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que apenas sanções internacionais adicionais poderão forçar a Rússia a aceitar um cessar-fogo, após uma noite de ataques russos com mísseis e drones a Kiev e outras regiões que causaram vários feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que ordenou o reforço das medidas de segurança nas missões diplomáticas israelitas no mundo, na sequência do assassinato de dois funcionários da embaixada de Israel em Washington.