Chefe da diplomacia israelita diz que Guterres “não merece” liderar ONU

O chefe da diplomacia israelita, em visita oficial a Genebra para pressionar as organizações internacionais para a libertação dos reféns em Gaza, afirmou hoje que o secretário-geral da ONU, António Guterres, "não merece estar à frente das Nações Unidas".

© Facebook de Eli Cohen

“Não promoveu nenhum processo de paz na região”, acrescentou Eli Cohen, acompanhado por familiares de reféns raptados em Gaza, numa conferência de imprensa na sede europeia das Nações Unidas, pouco antes de se encontrar com o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Guterres não merece estar à frente das Nações Unidas. Guterres não encorajou nenhum processo de paz na região. […] Penso que Guterres, tal como todas as nações livres, deveria dizer alto e bom som: libertem Gaza do Hamas”, argumentou Cohen.

Cohen, que é acompanhado nesta viagem pelo ministro da Saúde israelita, Uriel Menachem Buso, criticou ainda: “O Irão, um país que defende a destruição de Israel, não deveria ser membro das Nações Unidas, mas podemos ver como Guterres se senta com eles”.

“Guterres, tal como todas as nações livres, deve dizer alto e bom som que Gaza deve ser libertada do Hamas, que o Hamas é ainda pior do que o Estado Islâmico”, acrescentou o chefe da diplomacia israelita.

Cohen reuniu-se anteriormente na cidade suíça com a presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, com o objetivo de a organização utilizar a sua longa experiência na defesa de prisioneiros de guerra e civis em conflitos para tentar mediar a libertação de reféns ou, pelo menos, obter provas de que estes ainda estão vivos.

Na conferência de imprensa, Cohen realçou que a Cruz Vermelha ainda nem sequer conseguiu encontrar-se com reféns retidos em Gaza pelo movimento de resistência islâmica Hamas.

“Estou aqui com o ministro da Saúde [israelita] e com familiares dos reféns e tivemos uma reunião com a presidente do CICV. Até à data, ninguém se encontrou com os reféns. Não temos nenhuma prova de vida. Até hoje, nenhum dos nossos reféns se encontrou com a Cruz Vermelha”, disse Cohen.

Últimas de Política Internacional

A câmara baixa do parlamento suíço aprovou hoje por 168 votos a favor e seis contra a proibição do movimento palestiniano Hamas no país nos próximos cinco anos, informou a agência de notícias suíça Keystone-ATS.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, admitiu hoje que as negociações de paz na Ucrânia poderão começar até ao final do ano.
Os ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia (UE) iniciam hoje, em Bruxelas, as discussões sobre as possibilidades de pesca para 2025, negociações que, na terça-feira, se deverão prolongar noite dentro.
O Kremlin acusou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de "recusar negociar" com Vladimir Putin o fim do conflito na Ucrânia, exigindo mais uma vez que Kiev tenha em conta "as realidades no terreno".
O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou hoje que não vai envolver o seu país na crise na Síria - com a ofensiva lançada por rebeldes contra o regime - e culpou o ex-Presidente Barack Obama pela situação.
O líder da maior contestação aos resultados eleitorais em Moçambique é um pastor evangélico que passou pelos principais partidos de oposição, mas se rebelou para abrir uma “frente independente” contra a “máquina” que governa Moçambique há meio século.
Uma manifestação contra o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, começou hoje em Seul defronte da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, antes da sessão parlamentar destinada a aprovar a demissão do chefe de Estado pela aplicação da lei marcial.
O ministro do interior da Jordânia anunciou hoje o encerramento do posto fronteiriço de Jaber com a Síria, devido às "condições de segurança" no país após a ofensiva contra o governo de Bashar al-Assad, informaram fontes oficiais.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, voltou hoje a exigir a Bruxelas que desbloqueie fundos europeus e ameaçou com um eventual travão ao próximo grande orçamento da União Europeia.
Sete em cada dez sul-coreanos apoiam a moção parlamentar de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol, apresentada pela oposição, depois de o dirigente ter decretado lei marcial, indica hoje uma sondagem do Realmeter.