Ordem dos Enfermeiros recebeu mais de 9.400 pedidos de escusa de responsabilidade

A Ordem dos Enfermeiros (OE) recebeu mais 740 novos pedidos de escusa de responsabilidade, entre março e outubro deste ano, totalizando 9.400 desde fevereiro de 2021, segundo dados hoje divulgados.

© D.R.

Os pedidos de escusa de responsabilidade foram realizados por enfermeiros de instituições do Serviço Nacional de Saúde de todo o país.

“Só na zona Centro, o total de pedidos de escusa é superior a 5.600”, refere em comunicado a OE, destacando a situação no Centro Hospitalar de Leiria com 148 pedidos nos últimos sete meses.

Para a Ordem dos Enfermeiros, também é uma “situação preocupante” a que se vive no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, onde 60 enfermeiros apresentaram pedido de escusa de responsabilidade.

“A região Sul é a segunda zona do país mais afetada, com um total de 2.603 declarações de escusa. Só entre março e outubro, deram entrada mais 289 novos pedidos”, salienta.

À semelhança do último relatório divulgado pela OE, o Hospital Garcia de Orta encabeça o número de escusas, seguindo-se o Hospital Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra).

No Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, todos os enfermeiros do serviço de pediatria pediram escusa de responsabilidade em outubro.

A Ordem dos Enfermeiros refere que está a acompanhar a situação no IPO e alerta que “o período noturno continua a ser assegurado por apenas dois enfermeiros”.

Na região Norte, foram apresentados 176 pedidos de escusa entre março e outubro.

Segundo a OE, vários fatores contribuem para este aumento de pedidos que “vão desde a degradação dos serviços, sobretudo devido à falta de enfermeiros, o que leva ao incumprimento das dotações seguras, pondo em causa a qualidade dos cuidados prestados e a segurança dos doentes”.

No início de 2021, em plena crise pandémica, a OE disponibilizou esta declaração para acautelar eventuais ações disciplinares, civis ou mesmo criminais dos doentes a seu cargo.

Citando estudos internacionais, a ordem refere que “por cada doente a mais a cargo de um enfermeiro a mortalidade sobe 7% nos hospitais”.

Últimas do País

O Ministério Público vedou o acesso da Comunicação Social à averiguação preventiva que visou a empresa Spinumviva e o primeiro-ministro, alegando que o sigilo absoluto a que está sujeita só cessaria se tivesse sido aberto um inquérito.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou hoje para os cuidados a ter por causa do frio, lembrando que a descida das temperaturas aumenta o risco de agravamento de doenças crónicas e pedindo à população que se proteja.
Um total de 332 pessoas com excesso de álcool e 120 sem habilitação para conduzir foram detidas em cinco dias pela PSP e GNR, no quadro das operações de vigilância rodoviária para o Natal e Ano Novo.
A Polícia Judiciária (PJ) já está a disponibilizar o heliporto que fica situado na sua sede, em Lisboa, ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) para transporte de órgãos.
Os hospitais públicos devem garantir que têm profissionais suficientes para poder dar altos aos utilizadores nos três dias em que o Governo concedeu tolerância de ponto, segundo um despacho a que a Lusa teve acesso.
Sete homens, com idades entre os 30 e os 41 anos, foram detidos por tráfico de droga nos concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos (distrito de Santarém), Sintra (Lisboa), Setúbal e Vendas Novas (Évora), revelou hoje a GNR.
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) manifestou hoje preocupação com o alerta dos internistas da ULS do Tâmega e Sousa sobre a sobrecarga assistencial, assegurando que irá acompanhar o processo e intervir para promover soluções.
A Agência Portuguesa do Ambiente chumbou as alterações que o consórcio AVAN Norte queria fazer à linha de alta velocidade, nomeadamente alterar a estação de Gaia e construir duas pontes, segundo uma decisão a que a Lusa teve acesso.
A produção de vinho em Portugal teve uma quebra de 14% na campanha de 2025/2026, para 5,9 milhões de hectolitros, segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
O Hospital de Vila Franca de Xira tem mais de 80 camas contratualizadas para doentes que já tiveram alta clínica, num investimento superior a seis milhões de euros por ano, revelou hoje o presidente do conselho de administração.