Sindicato dos Enfermeiros recusa participar em reunião negocial na segunda-feira

O Sindicato dos Enfermeiros (SE) recusa participar na reunião negocial agendada para segunda-feira no Ministério da Saúde (MS), considerando-a “uma farsa” e “uma encenação” criada pela tutela “para poder dizer que negociou” com os enfermeiros.

© D.R.

Em comunicado hoje divulgado, o SE acusa o MS de “mera campanha eleitoral” ao estar a querer encerrar a negociação dos diplomas de regulamentação das Unidades de Saúde Familiar (USF) e dos Centros de Responsabilidade Integrada (CRI), os quais “não merecem a concordância de nenhuma classe profissional, e em particular os enfermeiros”.

Para o SE, “num momento em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vive o momento mais negro desde a sua criação”, o MS devia estar concentrado “em resolver os verdadeiros problemas do SNS”.

“Os diplomas de regulamentação das USF e dos CRI são mera propaganda eleitoral e um último esforço do ministro da Saúde para tentar fazer em duas semanas o que não fez em dois anos”, afirma o presidente do SE, Pedro Costa, citado em comunicado, que acrescenta que o sindicato “prefere não ser figurante nesta encenação de negociação, pois a enfermagem não perdeu a dignidade nem o respeito pelo SNS”.

O SE defende que há pontos negociais “bem mais prioritários”, como o Acordo Coletivo de Trabalho, com negociações paradas desde 2017, e que permitiria a progressão na carreira de milhares de enfermeiros com reflexos imediatos nos salários destes profissionais, com um salário base “cada vez mais próximo do Salário Mínimo Nacional”.

Pedem ainda o reconhecimento de risco e penosidade da carreira, tema em estudo por um grupo de trabalho do grupo parlamentar do PS, cujos trabalhos o SE diz desconhecer e cujas conclusões pedem que sejam tornadas públicas até ao final do ano.

O SE acusa ainda o MS de ficar “impávido e sereno ao assistir ao êxodo de metade dos alunos que se formam em Enfermagem para outros países, delapidando a sobrevivência do SNS”.

Pedro Costa, em comunicado, afirma que “não faz qualquer sentido” comparecer na reunião, acrescentando que “não há nem houve negociação em torno destes dois diplomas, são uma mera imposição e propaganda do MS”, criticando ainda que até hoje não tenham sido disponibilizadas as atas das reuniões pedidas pelo sindicato.

O presidente do SE concluiu afirmando que a classe “vai saber reagir contra um governo que a humilha, menospreza e a rebaixa”.

Últimas do País

O suspeito de esfaquear mortalmente um estudante de 19 anos junto ao Bar Académico, em Braga, ficou hoje em prisão preventiva, adiantou à agência Lusa o advogado do arguido.
A Comissão de Trabalhadores do INEM rejeitou hoje que os seus profissionais sejam o “bode expiatório” de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) “com falhas”, sobretudo no encaminhamento de utentes de risco.
A PSP e a GNR detiveram na última semana cerca de 1.150 pessoas em operações especiais de Páscoa, mais de metade delas por conduzirem embriagadas ou sem carta, segundo os balanços provisórios de hoje das duas entidades.
Mais de 180 quilos de carne proveniente de abate ilegal, destinada a estabelecimentos de restauração e comércio alimentar na região da Grande Lisboa, foram apreendidas em Torres Vedras numa operação de fiscalização da GNR, foi hoje anunciado.
Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso laranja a partir das 18:00 de hoje, devido à previsão de agitação marítima, segundo o IPMA.
“O CHEGA não se deixará intimidar por atos cobardes e antidemocráticos levados a cabo pela calada da noite”, pode-se ler em comunicado enviado às redações. O partido vai apresentar queixa às autoridades.
Quatro pessoas foram esta sexta-feira resgatadas em Manteigas, no distrito da Guarda, após ficarem sem ter como sair de um percurso pedonal na Nave da Mestra, na Serra da Estrela, anunciou fonte da Proteção Civil.
Um homem de 51 anos foi detido na noite de quarta-feira, em Leiria, pela suspeita do crime de violência doméstica agravado contra a companheira, revelou hoje a PSP.
Mais de 1.500 acidentes rodoviários, dos quais resultaram dois mortos, 30 feridos graves e 447 feridos ligeiros, foram registados pela GNR durante a Operação Páscoa 2025, que começou na sexta-feira, segundo um balanço provisório hoje divulgado.
Quase 300 pessoas foram detidas nos últimos sete dias por crimes rodoviários, sobretudo por conduzirem embriagadas, e oito por suspeita de violência doméstica, segundo um balanço da operação Páscoa em Segurança da PSP hoje divulgado.