Exportações e importações caem 3,1% e 2,0% em outubro, pelo 7.º mês seguido

As exportações e as importações diminuíram 3,1% e 2,0%, respetivamente, em outubro face ao mesmo mês de 2022, destacando-se as quebras nos fluxos de combustíveis e lubrificantes, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

© D.R.

“Em outubro de 2023, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de -3,1% e -2,0%, respetivamente (-8,6% e -12,7%, pela mesma ordem, em setembro de 2023), destacando-se os combustíveis e lubrificantes em ambos os fluxos (-22,2% nas exportações e -23,0% nas importações), refletindo decréscimos em volume (-5,9% e -7,3%, respetivamente) e a redução dos preços destes produtos no mercado internacional (-17,3% e -16,9%, pela mesma ordem)”, apontam as estatísticas do comércio internacional do INE.

Este é o sétimo mês consecutivo de quebra nas transações de bens de Portugal com os mercados externos, que já não recuavam desde os primeiros meses de 2021.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, o INE refere que se registou “um decréscimo de 1,7% nas exportações, enquanto as importações, após dois meses em queda, aumentaram 1,3% (-8,4% e -10,1%, respetivamente, em setembro de 2023)”.

Em outubro de 2023, o instituto refere que quase todas as grandes categorias económicas registaram decréscimos nas exportações, com destaque para os combustíveis e lubrificantes (-22,2%), refletindo as descidas em volume (-5,9%) e dos preços destes produtos no mercado internacional (-17,3%), principalmente das gasolinas.

Já os produtos alimentares e bebidas foram “a única grande categoria de produtos a registar um aumento (+10,1%)”.

Nas importações, o INE salienta o decréscimo dos combustíveis e lubrificantes (-23,0%), que reflete as descidas em volume (-7,3%) e dos preços destes produtos no mercado internacional (-16,9%), principalmente do gás natural e óleos brutos de petróleo.

Aponta ainda a descida de fornecimentos industriais (-3,6%) e o acréscimo de material de transporte e acessórios (+24,8%).

No mês em análise, os índices de valor unitário (preços) registaram variações de -4,6% nas exportações e -5,9% nas importações (-4,7% e -6,9%, respetivamente, em setembro de 2023; em outubro de 2022, as variações tinham sido +14,9% e +13,8%).

Excluindo os produtos petrolíferos, registaram-se decréscimos “menos expressivos”, de -2,9% nas exportações e de -4,7% nas importações (-1,6% e -4,6%, respetivamente, em setembro de 2023; em outubro de 2022, as variações tinham sido +13,1% e +10,2%).

Em outubro de 2023, o défice da balança comercial atingiu 2.900 milhões de euros, o que representa acréscimos de 18 milhões de euros em termos homólogos e de 669 milhões de euros face ao mês anterior.

Os combustíveis e lubrificantes representaram 21,9% do défice da balança comercial em outubro (31,6% em setembro de 2023; 28,8% em outubro de 2022), pelo que o saldo da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou -2.264 milhões de euros em outubro de 2023, o que corresponde a aumentos do défice de 212 milhões de euros em termos homólogos e de 738 milhões de euros em relação ao mês anterior.

Analisando os principais países clientes e fornecedores de Portugal em 2022, o INE salienta as diminuições das exportações com destino ao Reino Unido (-20,6%), maioritariamente de veículos e outro material de transporte, aos Países Baixos (-21,9%) e a Espanha (-2,2%).

Aponta ainda o acréscimo das exportações para os Estados Unidos (+20,1%), sobretudo produtos de químicos (medicamentos) que, “em grande parte, tiveram por finalidade transações após trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade)”.

Em outubro relativamente a setembro, as exportações e as importações voltaram a aumentar, +3,4% e +10,4%, respetivamente (+17,7% e +9,9%, pela mesma ordem, em setembro).

Já considerando o trimestre terminado em outubro de 2023, as exportações e as importações diminuíram 6,4% e 10,1%, respetivamente, em relação ao período homólogo, (-9,0% e -12,1%, pela mesma ordem, no terceiro trimestre deste ano).

Últimas de Economia

O Governo aprovou hoje o aumento do salário mínimo nacional em 50 euros em 2026, de 870 para 920 euros (brutos), anunciou hoje o ministro da Presidência após o Conselho de Ministros.
A Comissão Europeia estima que os preços da habitação em Portugal estejam sobrevalorizados em 25%, sendo esta a percentagem atual mais elevada na União Europeia (UE), sendo também um dos piores países nas variações no poder de compra.
A Comissão Europeia vai propor esta terça-feira um alívio nas regras de ajudas estatais da União Europeia e limites ao alojamento local para promover acesso à habitação acessível no espaço comunitário, sendo Lisboa uma das cidades comunitárias mais pressionadas.
Dez instituições sociais açorianas não vão pagar o subsídio de Natal aos trabalhadores por dificuldades financeiras devido a atrasos da República nas transferências e o Governo Regional disse hoje que está disponível para ajudar a ultrapassar o problema.
Metade dos pensionistas por velhice recebia uma pensão abaixo dos 462 euros, apesar de a média de 645 euros, segundo dados analisados por economistas do Banco de Portugal (BdP), que assinalam ainda as diferenças entre géneros.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,7% até outubro, face ao mesmo período de 2024, para 63,869 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo um relatório do INE realizado em 2025 sobre rendimentos do ano anterior indicam que 15,4% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2024, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2023.
As exportações de bens caíram 5,2% e as importações recuaram 3% em outubro, em termos homólogos, sendo esta a primeira queda das importações desde junho de 2024, divulgou hoje o INE.
O número de trabalhadores efetivamente despedidos em processos de despedimentos coletivos aumentou 16,4% até outubro face ao período homólogo, totalizando os 5.774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela DGERT.
Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,5% em outubro face ao mesmo mês do ano passado, com a mão-de-obra a subir 8,3% e os materiais 1,3%, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.