Patriarca de Lisboa critica cultura de bipolarização, provocação e confronto

O patriarca de Lisboa alertou hoje que se vive “a atrocidade da bipolarização, que impõe a obrigatoriedade da provocação, do confronto inconciliável, que apenas gera divisão e é incapaz de fomentar uma cultura de cooperação e inclusão".

© Facebook do Patriarcado de Lisboa

Rui Valério falava na homília do dia de Natal na Sé Patriarcal de Lisboa, que esteve repleta de pessoas, entre fiéis e turistas que aproveitaram a ocasião para assistir aos cânticos e à missa de Natal e conhecer o interior desta igreja secular.

“O Natal, celebração por excelência do acolhimento, é um convite à disponibilidade, para fazer dessa abertura um traço da nossa identidade”, disse Rui Valério na primeira missa a que presidiu como patriarca de Lisboa.

Para o prelado, existe a necessidade de gerar espaços “para receber e acolher” os que mais necessitam como os que estão “em busca de trabalho, de pão e de melhores condições de vida”.

“Vivemos hoje, culturalmente, a atrocidade da bipolarização, que impõe a obrigatoriedade da provocação, do confronto inconciliável, que apenas gera divisão e é incapaz de fomentar uma cultura de cooperação e inclusão, de que tanto necessita o nosso País, particularmente num momento tão decisivo como o que estamos a viver”, reiterou Rui Valério.

Assim, disse ainda: “Para além de iluminar a relação com os estrangeiros, também envolve os que nos estão mais próximos e partilham connosco da labuta quotidiana pela construção de dias mais verdadeiros e solidários”.

Nas palavras do patriarca, a perda de referências ao Pai Santo, significa “privar o ser humano da sua principal identidade pessoal, que é ser seu filho, e filho muito amado” e “a proposta que emerge do Natal, mostra o quanto e o que o próprio ser humano perde quando separado de Deus, o sentido da plenitude da vida”.

Na missa de Natal, que durou cerca de hora e meia, falou sobretudo do acolhimento, mas também da “imagem renovada do ser humano, que irrompe do Nascimento de Jesus”.

Últimas do País

O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou hoje que o regulador vai analisar contratos de seguros de proteção ao crédito, onde vê sinais de “algum desequilíbrio” na relação contratual com os clientes.
O casal acusado de triplo homicídio em Donai, no concelho Bragança, em julho de 2022 foi hoje condenado a 25 anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização à família das vítimas de 225 mil euros.
Um casal foi condenado a dois anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução, por enviar mensagens de telemóveis falsas a cobrar supostas dívidas em nome da EDP, revelou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
“Vocês não respeitam nada. Uma cambada de racistas, um gangue de racistas.” Ataques e insultos dirigidos a líder parlamentar e deputados do CHEGA levaram comandante a intervir e a chamar a polícia.
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição avisa: prepare a carteira. Carne, peixe, fruta e legumes poderão subir até 7% já no próximo ano. Custos de produção disparam, exigências europeias apertam e o retalho admite que, apesar dos esforços, não vai conseguir travar totalmente os aumentos.
O número de livros impressos editados em 2024 caiu 14,3% para um total de 11.615 e o preço aumentou 2,6% face a 2023, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje de manhã tempos de espera de cerca de 12 horas para a primeira observação, segundo dados do portal do SNS.
A direção-executiva do SNS está hoje reunida com a ULS Amadora-Sintra para procurar soluções para reduzir os tempos de espera nas urgências neste hospital, que classificou como “o principal problema” do SNS neste momento.
A CP informou hoje que se preveem “perturbações na circulação de comboios” na quinta-feira e “possíveis impactos” na quarta e sexta-feira devido à greve geral convocada para dia 11 de dezembro.
Só no último ano letivo, chegaram às escolas mais 31 mil alunos estrangeiros, um salto de 22% que está a transformar por completo o mapa demográfico do ensino em Portugal.