Patriarca de Lisboa critica cultura de bipolarização, provocação e confronto

O patriarca de Lisboa alertou hoje que se vive “a atrocidade da bipolarização, que impõe a obrigatoriedade da provocação, do confronto inconciliável, que apenas gera divisão e é incapaz de fomentar uma cultura de cooperação e inclusão".

© Facebook do Patriarcado de Lisboa

Rui Valério falava na homília do dia de Natal na Sé Patriarcal de Lisboa, que esteve repleta de pessoas, entre fiéis e turistas que aproveitaram a ocasião para assistir aos cânticos e à missa de Natal e conhecer o interior desta igreja secular.

“O Natal, celebração por excelência do acolhimento, é um convite à disponibilidade, para fazer dessa abertura um traço da nossa identidade”, disse Rui Valério na primeira missa a que presidiu como patriarca de Lisboa.

Para o prelado, existe a necessidade de gerar espaços “para receber e acolher” os que mais necessitam como os que estão “em busca de trabalho, de pão e de melhores condições de vida”.

“Vivemos hoje, culturalmente, a atrocidade da bipolarização, que impõe a obrigatoriedade da provocação, do confronto inconciliável, que apenas gera divisão e é incapaz de fomentar uma cultura de cooperação e inclusão, de que tanto necessita o nosso País, particularmente num momento tão decisivo como o que estamos a viver”, reiterou Rui Valério.

Assim, disse ainda: “Para além de iluminar a relação com os estrangeiros, também envolve os que nos estão mais próximos e partilham connosco da labuta quotidiana pela construção de dias mais verdadeiros e solidários”.

Nas palavras do patriarca, a perda de referências ao Pai Santo, significa “privar o ser humano da sua principal identidade pessoal, que é ser seu filho, e filho muito amado” e “a proposta que emerge do Natal, mostra o quanto e o que o próprio ser humano perde quando separado de Deus, o sentido da plenitude da vida”.

Na missa de Natal, que durou cerca de hora e meia, falou sobretudo do acolhimento, mas também da “imagem renovada do ser humano, que irrompe do Nascimento de Jesus”.

Últimas do País

Um homem é suspeito de ter matado hoje uma criança de 13 anos, morrendo de seguida numa explosão alegadamente provocada por si numa habitação em Casais, Tomar, num caso de suposta violência doméstica, informou a GNR.
O tribunal arbitral decretou hoje serviços mínimos a assegurar durante a greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, marcada para 31 de dezembro e 1 de janeiro, nos aeroportos nacionais.
O Ministério da Administração Interna (MAI) disse hoje que foi registada uma diminuição das filas e do tempo de espera no aeroporto de Lisboa e que todos os postos têm agentes da PSP em permanência.
Quatro urgências de Ginecologia e Obstetrícia estarão fechadas na quarta-feira, número que sobe para cinco no Dia de Natal e seis na sexta-feira, dia de tolerância de ponto na administração pública, segundo o Portal do SNS.
Em 2026, será possível observar em Portugal em agosto um eclipse solar total, um fenómeno raro, que embora parcial em grande parte do país “terá bastante importância”, disse hoje o astrónomo Rui Jorge Agostinho.
Autoridade da Concorrência (AdC) está a investigar um alegado abuso de posição dominante no mercado nacional dos portais de anúncios imobiliários online, “envolvendo o principal grupo empresarial a operar neste segmento em Portugal”, indicou esta terça-feira em comunicado.
Portugal soma, desde o início do ano, 52 focos de gripe das aves, após ter sido registado um novo caso em Aveiro, indicou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
O Ministério Público vedou o acesso da Comunicação Social à averiguação preventiva que visou a empresa Spinumviva e o primeiro-ministro, alegando que o sigilo absoluto a que está sujeita só cessaria se tivesse sido aberto um inquérito.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou hoje para os cuidados a ter por causa do frio, lembrando que a descida das temperaturas aumenta o risco de agravamento de doenças crónicas e pedindo à população que se proteja.
Um total de 332 pessoas com excesso de álcool e 120 sem habilitação para conduzir foram detidas em cinco dias pela PSP e GNR, no quadro das operações de vigilância rodoviária para o Natal e Ano Novo.