Patriarca de Lisboa critica cultura de bipolarização, provocação e confronto

O patriarca de Lisboa alertou hoje que se vive “a atrocidade da bipolarização, que impõe a obrigatoriedade da provocação, do confronto inconciliável, que apenas gera divisão e é incapaz de fomentar uma cultura de cooperação e inclusão".

© Facebook do Patriarcado de Lisboa

Rui Valério falava na homília do dia de Natal na Sé Patriarcal de Lisboa, que esteve repleta de pessoas, entre fiéis e turistas que aproveitaram a ocasião para assistir aos cânticos e à missa de Natal e conhecer o interior desta igreja secular.

“O Natal, celebração por excelência do acolhimento, é um convite à disponibilidade, para fazer dessa abertura um traço da nossa identidade”, disse Rui Valério na primeira missa a que presidiu como patriarca de Lisboa.

Para o prelado, existe a necessidade de gerar espaços “para receber e acolher” os que mais necessitam como os que estão “em busca de trabalho, de pão e de melhores condições de vida”.

“Vivemos hoje, culturalmente, a atrocidade da bipolarização, que impõe a obrigatoriedade da provocação, do confronto inconciliável, que apenas gera divisão e é incapaz de fomentar uma cultura de cooperação e inclusão, de que tanto necessita o nosso País, particularmente num momento tão decisivo como o que estamos a viver”, reiterou Rui Valério.

Assim, disse ainda: “Para além de iluminar a relação com os estrangeiros, também envolve os que nos estão mais próximos e partilham connosco da labuta quotidiana pela construção de dias mais verdadeiros e solidários”.

Nas palavras do patriarca, a perda de referências ao Pai Santo, significa “privar o ser humano da sua principal identidade pessoal, que é ser seu filho, e filho muito amado” e “a proposta que emerge do Natal, mostra o quanto e o que o próprio ser humano perde quando separado de Deus, o sentido da plenitude da vida”.

Na missa de Natal, que durou cerca de hora e meia, falou sobretudo do acolhimento, mas também da “imagem renovada do ser humano, que irrompe do Nascimento de Jesus”.

Últimas do País

Dez pessoas, entre as quais cinco crianças, foram hoje feridas sem gravidade por intoxicação por monóxido de carbono numa habitação nos arredores de Coimbra, disse fonte dos bombeiros.
Doze pessoas morreram e 433 pessoas foram detidas por conduçãoem sob efeito de álcool entre 18 e 24 de dezembro, no âmbito da operação de Natal e Ano novo, anunciaram hoje em comunicado a GNR e PSP.
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje tempos de espera de mais de 11 horas para a primeira observação nas urgências gerais, segundo dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, estimou hoje que há cerca de 2.800 internamentos indevidos nos hospitais, quer devido a situações sociais, quer a falta de camas nos cuidados continuados.
O quinto dia de greve dos guardas prisionais, convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Corpo da Guarda Prisional (ASPCGP), está a ter uma adesão que ronda os 80%, adiantou hoje a estrutura representativa.
Os trabalhadores das empresas de distribuição cumprem hoje um dia de greve, reivindicando aumentos salariais e valorização profissional, e voltam a parar no final do ano.
Dois agentes da PSP acabaram no hospital após serem atacados durante uma ocorrência num supermercado. Agressores fugiram e estão a monte.
Um homem é suspeito de ter matado hoje uma criança de 13 anos, morrendo de seguida numa explosão alegadamente provocada por si numa habitação em Casais, Tomar, num caso de suposta violência doméstica, informou a GNR.
O tribunal arbitral decretou hoje serviços mínimos a assegurar durante a greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, marcada para 31 de dezembro e 1 de janeiro, nos aeroportos nacionais.
O Ministério da Administração Interna (MAI) disse hoje que foi registada uma diminuição das filas e do tempo de espera no aeroporto de Lisboa e que todos os postos têm agentes da PSP em permanência.