André Ventura falava antes de iniciar uma visita às instalações da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, na zona do Chiado, depois de confrontado com o teor da mensagem de Ano Novo da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.
“Esta mensagem de Mariana Mortágua, como as de Paulo Raimundo e de Pedro Nuno Santos, é a clareza de que a esquerda fará tudo o que puder para se manter no poder. Se a direita prefere andar em jogos, tipo ‘eu não me alio com aquele’, ou ‘não faço coligações com este’, em vez de querer governar, é o pior serviço que prestamos à democracia”, advertiu.
Pela parte do CHEGA, André Ventura afirmou que o objetivo principal é colocar a direita a governar Portugal. E se esse caminho não for prosseguido por toda a direita e se houver desentendimentos entre partidos de direita após as legislativas de 10 de março, então tirará a seguinte conclusão: “Se não o fizermos, somos os tontos de serviço”.
“E é tempo de a direita deixar de ser os tontos de serviço”, reforçou.
Para o presidente do CHEGA, já se percebeu “qual o objetivo dessa mensagem de Mariana Mortágua, assim como aquilo que a esquerda está disponível, tendo em vista unir-se em torno de uma nova Gerigonça”.
“Apelo a todos os que entendem que a ‘geringonça’ foi um mau modelo de Governo que saiam de casa para votar no dia 10 de março. Quer Mariana Mortágua, quer Paulo Raimundo, quer Pedro Nuno Santos, que é aqui o ator mais importante, já deixaram clarinho como água que se vão unir outra vez, deixando os partidos de direita de fora”, assinalou.
Esta atuação da esquerda, na perspetiva de André Ventura, “deve ser um repto para que a direita perceba que tem de criar uma alternativa”.
“Se a direita não criar essa alternativa, quem vai governar é a esquerda depois do dia 10 de março”, insistiu.
Já sobre a sua visita à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, instituição com 156 anos, criada pelo rei Dom Luís, o presidente do CHEGA considerou que o Governo não cumpriu as suas promessas “e os bombeiros continuam a ser mal tratados”.
“Isto entrelaça com problemas que temos na saúde. Como sabemos, os bombeiros são fundamentais na emergência hospitalar e pré-hospitalar. Vamos entrar em 2024 e os bombeiros continuam a ser, provavelmente, uma das instituições mais maltratadas do país”, acrescentou.