Costa adverte que TGV tem de avançar já e que nem países ricos desperdiçam 750 milhões

O primeiro-ministro considerou hoje essencial a existência de condições políticas para avançar já este mês com o comboio de alta velocidade (TGV) e afirmou que nem países ricos desperdiçam um financiamento de 750 milhões de euros.

© Folha Nacional

António Costa deixou este aviso em declarações aos jornalistas no final de uma visita à futura estação da Estrela, do Metropolitano de Lisboa, depois de questionado sobre a possibilidade de não haver consenso político suficiente, nomeadamente com o PSD, para que o país tome decisões ainda este mês sobre a futura linha de comboio de alta velocidade, num momento em que o Governo se encontra limitado de poderes por estar em gestão.

O primeiro-ministro começou por referir que, em 2023, essa linha de alta velocidade entre Lisboa, Porto, Braga e Vigo não teve financiamento da União Europeia “por falta de maturidade do projeto, designadamente por não estar lançado o concurso”.

“Agora, temos a oportunidade de obter um financiamento até 750 milhões de euros da União Europeia se tivermos o concurso aberto até à data limite para a apresentação de candidaturas, que é no final de janeiro. Espero que toda a gente compreenda a necessidade imperiosa de lançarmos o concurso para não se desperdiçar um financiamento importante”, assinalou o líder do executivo.

Mas António Costa foi ainda mais longe nas advertências sobre os alegados riscos de uma ausência de decisão a breve prazo em relação a esta matéria.

“Bem sei que às vezes temos a ideia de que, como a situação económica hoje está melhor do que há uns anos e como uma situação orçamental se encontra equilibrada, então tudo é possível. Temos hoje felizmente um maior grau de liberdade e de possibilidade, mas nenhum país, mesmo os mais ricos, se podem dar ao luxo de desperdiçar um financiamento de 750 milhões de euros para uma obra que é estruturante para o desenvolvimento do país”, argumentou.

António Costa considerou depois que, na sua perspetiva, atualmente “é consensual em todo o país essa linha [de TGV] e essa prioridade” à obra entre Lisboa e Vigo.

“É por aí que temos de começar, e temos de avançar”, salientou.

Perante os jornalistas António Costa apontou que, desde 2015, consta dos programas de governos que todas as grandes obras públicas a realizar em Portugal devem ser aprovadas com um consenso amplo, com a aprovação de pelo menos dois terços dos deputados da Assembleia da República.

“Por isso, apresentámos ao parlamento o Plano Nacional de Investimentos, definindo quais os projetos mais relevantes nas áreas da mobilidade e do ambiente até ao final desta década. Esse plano foi votado por quase três quartos da Assembleia da República”, assinalou.

O líder do executivo indicou a seguir que já foi concluída uma avaliação ambiental estratégica. “Portanto, o Plano Nacional de Investimentos está definido, onde se inclui a construção de uma linha de alta velocidade entre Lisboa, Porto, Braga e Vigo”.

“Essa é a linha prioritária da rede de alta velocidade em Portugal”, acrescentou.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA, André Ventura, marcou presença esta quarta-feira numa manifestação organizada pela Associação Solidariedade Imigrante, junto ao Parlamento, noticia a RTP.
O ex-presidente da Câmara de Pombal Diogo Mateus, do PSD, foi hoje condenado, em Leiria, a pena suspensa por crimes de peculato e falsificação de documentos, enquanto o seu antigo chefe de gabinete, João Pimpão, foi absolvido.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje as audições de Autoridade da Concorrência, Banco de Portugal e Associação Portuguesa de Bancos sobre a prescrição de coimas aos bancos no processo designado como “cartel da banca".
O líder do CHEGA, André Ventura, apresentou-se hoje como o candidato a Presidente da República antissistema, e defendeu que a sua participação nas eleições presidenciais do próximo ano é uma forma de liderar a oposição.
O líder do CHEGA, André Ventura, vai candidatar-se a Presidente da República nas eleições presidenciais do início do próximo ano, confirmou hoje à agência Lusa fonte oficial do partido.
O CHEGA propôs a audição com urgência do secretário de Estado da Agricultura na Assembleia da República para prestar esclarecimentos sobre a investigação por alegadas suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
O presidente do CHEGA mostrou-se hoje disponível para voltar a candidatar-se a Presidente da República, apesar de não considerar a solução ideal, e indicou que o objetivo é apoiar um candidato que dispute a segunda volta.
O líder do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que voltará a ser candidato à presidência do partido no próximo congresso, que ainda não está marcado.
Liderados pela deputada e coordenadora nacional da Juventude do partido, Rita Matias, os jovens defenderam o legado de Kirk como símbolo da luta pela pátria, família e liberdade.
O CHEGA surge pela primeira vez na liderança das intenções de voto em Portugal, de acordo com o mais recente Barómetro DN/Aximage, publicado pelo Diário de Notícias.