Sempre me interessei pela política ,embora a minha vida não me tenha deixado grande tempo para a ela me dedicar.
A última vez que me dediquei activamente à política ainda andava no Liceu Camões em Lisboa nos finais dos anos 70 início dos 80. Há quanto tempo…
Hoje faço 60 anos.
E tenho uma vida boa. Fartei-me de trabalhar e ainda trabalho muito, e só dependo de mim.
Estou bem neste Portugal amordaçado. Sei que ganharia o dobro ou o triplo se trabalhasse aqui ao lado. Mas estou bem.
Por mim pode ficar tudo na mesma.
Mudar para quê?
Bem. Acomodado. Velho demais para querer de volta o que o Estado leva todos os meses do meu trabalho. O que sobra chega para vivermos bem.
Mas os filhos dos meus amigos vão-se embora. Licenciados , mestres, doutores, vão-se todos embora.
E os meus filhos? Fiquem . Eu ganho bem . Ajudo-vos. Consigo , mesmo com o que o Estado nos rouba. Fiquem! Não me deixem ficar mais um velho só , neste Portugal triste.
Vão-se todos embora?
Ao menos venham visitar-me no Natal.
Enquanto não nos roubarem o Natal.
Como é possível deixarmos o nosso país transformar-se naquilo que vamos vendo?
Governado pela corrupção.
A empobrecer a olhos vistos. Com salários miseráveis. Sem incentivo para construir. Cheio de entraves para quem quer trabalhar. Sem futuro para os nossos filhos.
O que podemos fazer para mudar?
Em democracia podemos decidir quem queremos que esteja à frente dos destinos do país . E a nossa arma é o voto.
Se votarmos nos mesmos, teremos o mesmo.
Voto no CHEGA porque tenho visto essa vontade de mudar. Vejo pessoas que trabalharam e trabalham e que querem hoje contribuir para a mudança. Para que não sejam os mesmos profissionais da política a continuar a afundar o país.
Dizem que o CHEGA não tem quadros.
E os quadros que têm governado o país?
São esses os bons quadros? São esses que queremos? Os que nos deixaram na cauda da Europa?
E o que têm inventado para denegrir o CHEGA. Racistas, xenófobos, fascistas, homofóbicos … e sei lá mais o quê.
Essa foi uma das razões que me fez filiar-me no partido. Farto de ouvir impropérios de quem não tem legitimidade nenhuma, lançados sobre pessoas que só pensam de maneira diferente.
Pelo menos os meus amigos passaram a ter mais respeito pelo CHEGA. Eu ,fascista?
Eu , racista ? Xenófobo? Homofóbico?
Eu sou tão anti-fascista como qualquer esquerdista que se classifica como tal.
Só que também sou anti-comunista, coisa que alguns têm dificuldade em assumir, como se dezenas de milhões de pessoas mortas às mãos desses carrascos não fossem razão suficiente.
O CHEGA começou por ser um grito de revolta, como o próprio nome indica. Certamente já evoluiu ,e hoje tem de ser muito mais. Tem de ser um projecto para o país.Tem de ter um fio condutor de ideias .
É impossível pensarmos todos da mesma maneira, e as divergências são saudáveis.
Eu não concordo com tudo o que ouço do partido.
O que deve unir o CHEGA?
Simplificando muito ,seremos um partido conservador no social e liberal na economia. Assumidamente de direita.
Tendo como valores essenciais, além da Vida, a Liberdade e a Democracia.
Liberdade para defender a Pátria, a Família , os nossos valores , a educação dos nossos filhos, a nossa segurança, a nossa cultura, a nossa identidade como povo.
A liberdade para não nos submetermos ao igualitarismo totalitário que nos querem impôr através do Estado.
Sendo esta a minha linha de pensamento, como tolerar que continuem a marginalizar o CHEGA?
Por não querermos a mutilação de crianças, à luz de barbaridades ideológicas?
Por não querermos as nossas crianças injectadas com a ideologia de género?
Por não querermos casas de banho mistas ?
Por querermos uma imigração legal e controlada?
Por querermos que os imigrantes respeitem o nosso modo de vida e a nossa cultura?
Por querermos os bandidos na prisão?
Por querermos subsídios só para quem precisa?
Por querermos segurança nas nossas ruas?
Por querermos lutar contra a corrupção?
Se são estas as propostas que ofendem os políticos correctos do sistema, então só posso esperar que elas cheguem a cada vez mais portugueses, que reforcem o único partido que tem a coragem de as apresentar.
Da minha família e amigos sei que tenho o respeito pelas minhas opções.
Dos meus companheiros de partido espero o mesmo esforço para nos fazermos respeitar.
Obrigado pela vossa paciência.