Portugal, como muitos outros países, enfrenta desafios significativos no que diz respeito à imigração. Enquanto a globalização continua a moldar o mundo, a migração de pessoas entre países tornou-se uma realidade inevitável. No entanto, é crucial para Portugal adotar uma abordagem em relação à imigração. Deveremos perceber até que ponto esta política de portas abertas tem conseguido garantir a segurança e a integração eficaz dos imigrantes.
A política de portas abertas, que alguns países adotaram, embora bem-intencionada, pode levar a uma série de problemas. A falta de controlo sobre quem entra no país pode resultar em problemas, no que diz respeito a questões de segurança, sobrecarga no sistema de saúde, educação, segurança social, bem como dificuldades de integração para os imigrantes e para as comunidades de acolhimento. Em vez de promover uma sociedade inclusiva, essa abordagem pode criar mais desigualdade e mais discriminação.
Uma política de imigração controlada permite que Portugal estabeleça critérios claros para a entrada de imigrantes, com base em necessidades específicas do país, de acordo com o mercado de trabalho, tendo em conta as suas habilidades e a sua qualificação. Por isso, deverá existir a fixação de quotas de imigração que correspondam às necessidades específicas de diferentes áreas e setores da economia. Dessa forma, podemos criar uma economia diversificada e resistente, capaz de enfrentar os desafios futuros. No entanto, é crucial garantir que os imigrantes sejam integrados de forma eficaz na sociedade portuguesa, proporcionando-lhes oportunidades de emprego digno e acesso a serviços básicos.
Em contraste com cenários desumanos como o observado no Alentejo, onde a superlotação e as débeis condições por cada habitação são uma triste realidade. Não poderemos ser “humanos” em querer receber, mas depois os tratamos sem dignidade.
Isso não significa fechar as portas completamente, mas sim implementar medidas para garantir que a imigração seja gerida de forma ordenada e benéfica para todos os envolvidos.
A emigração dos jovens portugueses é um fenômeno preocupante que tem repercussões significativas em vários setores da sociedade. Esta realidade sublinha a necessidade de termos imigração.
A recente vaga migratória que assola o continente europeu não pode ser ignorada por Portugal. É imperativo que o país esteja preparado. Neste contexto, a reversão da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) é uma medida necessária. Precisamos de garantir que tenhamos um sistema de imigração robusto e eficiente que proteja e que assegure a segurança do país. Uma “casa segura” é fundamental para o bem-estar de todos os cidadãos, e não podemos continuar com uma política de “portas abertas” que coloque em risco a segurança e a coesão social.
É fundamental salientar que, ao escolherem Portugal como destino, os imigrantes assumem não apenas o direito, mas também a responsabilidade de se integrarem na sociedade local. Assim como os portugueses que emigraram enfrentaram desafios e se esforçaram para se adaptar aos novos contextos, os imigrantes também devem estar dispostos a contribuir ativamente para a comunidade que os acolhe. Isso implica não apenas respeitar as leis e valores do país, mas também participar ativamente na economia e na vida social, contribuindo com seus talentos e esforços para o bem comum. A integração bem-sucedida requer um compromisso mútuo, onde
tanto os imigrantes quanto a sociedade anfitriã trabalhem juntos para construir um futuro melhor para todos.
Portugal pode ser verdadeiramente a casa de muitos, um lugar onde as pessoas se sentem bem – vindas e onde têm a oportunidade de construir um futuro melhor para si mesmas e para as gerações vindouras, mas para isso deveremos incutir um respeito mútuo entre t odos , proporcionando oportunidades para que todos possam conhecer e apreciar a riqueza cultural portuguesa.