INE confirma aceleração da subida dos preços para 2,3% em março

A taxa de inflação homóloga fixou-se nos 2,3% em março, 0,2 pontos percentuais acima de fevereiro, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

© D.R.

Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) esta quarta-feira avançada pelo INE confirma o valor da estimativa rápida divulgada em 28 de março.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 2,5%, taxa superior em 0,4 pontos percentuais à registada em fevereiro.

Em março, a variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 4,8% (4,3% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados diminuiu para -0,5% (0,8% no mês anterior), “parcialmente em consequência do efeito de base associado ao aumento de preços registado em março de 2023 (variação mensal de 1,5%)”.

Em termos mensais, o IPC apresentou uma variação de 2,0% em março (nula no mês precedente e 1,7% em março de 2023). Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a variação do IPC foi 2,4% (nula no mês anterior e 2,0% em março de 2023).

Quanto à variação média dos últimos 12 meses, diminuiu para 2,9% (3,3% em fevereiro), sendo que, excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação média foi 3,9% (4,2% no mês anterior).

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma variação homóloga de 2,6%, valor superior em 0,3 pontos percentuais ao registado no mês anterior e 0,2 pontos percentuais acima do estimado pelo Eurostat para a área do euro (em fevereiro, a taxa em Portugal tinha sido inferior à da área do euro em 0,3 pontos percentuais).

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,8% em março (2,4% em fevereiro), inferior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 3,1%).

Em março, o IHPC registou uma variação mensal de 2,3% (0,2% no mês anterior e 2,0% em março de 2023) e uma variação média dos últimos 12 meses de 3,8% (4,3% no mês precedente).

Últimas de Economia

Os consumidores em Portugal contrataram em outubro 855 milhões de euros em crédito ao consumo, numa subida homóloga acumulada de 11,3%, enquanto o número de novos contratos subiu 4%, para 157.367, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
O Governo reduziu o desconto em vigor no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a próxima semana.
Os pagamentos em atraso das entidades públicas situaram-se em 870,5 milhões de euros até outubro, com um aumento de 145,4 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, segundo a síntese de execução orçamental.
O alojamento turístico teve proveitos de 691,2 milhões de euros em outubro, uma subida homóloga de 7,3%, com as dormidas de não residentes de novo a subir após dois meses em queda, avançou hoje o INE.
A taxa de inflação homóloga abrandou para 2,2% em novembro, 0,1 pontos percentuais abaixo da variação de outubro, segundo a estimativa provisória divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.