CHEGA aponta novo caso ‘Alexandra Reis’ com secretária da Mobilidade

O CHEGA considera que a indemnização recebida pela secretária de Estado da Mobilidade quando saiu da CP é "uma imoralidade" e que o parlamento está perante um caso idêntico ao ocorrido com a antiga secretária de Estado socialista Alexandra Reis.

© Folha Nacional

Hoje, o jornal Correio da Manhã noticiou que Cristina Pinto Dias, atual secretária de Estado da Mobilidade, saiu da CP – Comboios de Portugal, em julho de 2015, com uma indemnização de cerca de 80 mil euros, e foi depois ganhar como administradora da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) um salário e despesas de representação na ordem dos 13 440 euros por mês, quase o dobro dos 7210 euros que recebia na CP.

Em conferência de imprensa, no parlamento, o presidente do CHEGA, André Ventura, classificou este caso como mais “uma imoralidade” e anunciou que a sua bancada estará disponível para requerer de forma potestativa audições com a atual e antigas administrações da CP.

André Ventura fez também questão de especificar que esta indemnização paga a Cristina Pinto Dias, em julho de 2015, não mereceu depois qualquer oposição por parte do atual ministro Miguel Pinto Luz, que tutelou a CP como secretário de Estado do executivo de Pedro Passos Coelho.

“Sabemos hoje que uma atual governante saiu de uma empresa pública para uma instituição pública novamente com uma indemnização milionária, onde teve um vencimento superior ao do Presidente da República, facto que, infelizmente, ainda é possível em Portugal. Saiu por rescisão voluntária”, acentuou o líder do CHEGA sobre os motivos da saída da atual secretária de Estado da Mobilidade da empresa CP.

Por isso, André Ventura concluiu que este caso é “idêntico ao ocorrido com Alexandra Reis”, antiga secretária de Estado do Tesouro, que recebeu uma indemnização de meio milhão de euros para cessar as funções de administradora da TAP e que a seguir transitou para a NAV.

“Há uma diferença sobre os montantes envolvidos”, observou o presidente do CHEGA, numa alusão ao facto de a atual secretária de Estado do executivo AD ter beneficiado apenas de uma indemnização de 80 mil euros, enquanto Alexandra Reis recebeu meio milhão de euros.

Porém, para o presidente do CHEGA, o parlamento “não pode ter um critério para uma coisa e não ter o mesmo critério para outra coisa”.

“Os governantes à altura não viram qualquer ilegalidade na atribuição desta indemnização [à atual secretária de Estado]. Queremos saber se aconteceram mais casos destes na CP, queremos saber se há mais casos de indemnizações milionárias pagas a pessoas que abandonam a suas funções por vontade própria”, disse.

Desta forma, André Ventura adiantou que o CHEGA, no primeiro dia de instalação das comissões parlamentares, “chamará de urgência a atual e anterior administrações da CP para explicar os contornos do caso” com a secretária de Estado, estando disponível para usar para esse efeito o seu direito potestativo de agendamento.

“O Governo à altura e o titular da pasta à altura soube da situação e não viu nisto qualquer ilegalidade ou violação à lei ou à norma”, salientou, mas primeiro sem indicar de quem estava a falar.

Na sequência de perguntas de jornalistas, André Ventura especificou depois que se estava a referir ao atual ministro Miguel Pinto Luz.

Últimas de Política Nacional

André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país. Em entrevista com Pedro Santana Lopes, no programa Perceções e Realidades do NOW, o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA afirmou já estar habituado a enfrentar “todos contra nós”.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje, depois de visitar Marcelo Rebelo de Sousa no Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de Estado foi operado, que não o vai substituir no cargo.
O Ministério Público questionou a alegada deslocação do antigo primeiro-ministro José Sócrates aos Emirados Árabes Unidos, admitindo que a viagem, a ter acontecido, poderá fazer parte de um plano de fuga e que as medidas de coação podem mudar.
Mamadou Ba, dirigente do SOS Racismo e antigo assessor do Bloco de Esquerda, voltou a proferir declarações insultuosas a André Ventura, em reação ao debate televisivo entre Catarina Martins e o candidato presidencial apoiado pelo CHEGA.
A campanha presidencial de Gouveia e Melo volta a cruzar-se com figuras próximas de José Sócrates. Depois de ter manifestado desconforto com o apoio público do antigo primeiro-ministro, novas ligações entre a candidatura e o ex-líder socialista tornam-se agora mais evidentes.
O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, considera "exacerbada" e "doentia" a vontade do Governo em privatizar a TAP, questionando como pode ser Miguel Pinto Luz a liderar o processo.
O candidato presidencial André Ventura admite que não passar a uma segunda volta das eleições de janeiro será uma derrota e que, se lá chegar, será uma batalha difícil, porque estarão “todos contra” si.
O candidato presidencial, e líder do CHEGA, André Ventura escolhe o antigo Presidente da República Ramalho Eanes e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni como exemplos de liderança.
Um Presidente da República tem de fazer tudo para evitar o envio de jovens militares portugueses para a guerra na Ucrânia, disse hoje o candidato presidencial André Ventura, vincando que a Rússia tem de ser derrotada.
A Câmara de Vila Nova de Gaia revelou hoje ter determinado uma auditoria ao projeto Skyline/Centro Cultural e de Congressos, que levou a tribunal o ex-vice-presidente socialista Patrocínio Azevedo, juntamente com mais 15 arguidos, por suspeitas de corrupção.