CHEGA pede debate de urgência no parlamento sobre eventuais “indemnizações às antigas colónias”

O CHEGA pediu o agendamento de um debate de urgência no parlamento para que o Governo esclareça se está a ser equacionada a atribuição de eventuais “indemnizações às antigas colónias”, na sequência das declarações do Presidente da República.

© Folha Nacional

 

“No seguimento das palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a reforçar a ideia de reparação devida pelo passado colonial português, o CHEGA vai convocar, na próxima quinta-feira, dia 02 de maio, na Assembleia da República, um debate de urgência com o objetivo de perceber se o governo tem pensado dar algum passo no sentido de atribuir indemnizações às antigas colónias portuguesas”, refere o partido em comunicado.

O CHEGA indica que o objetivo do debate é “discutir, analisar e apontar aquela que é uma das maiores traições à pátria”.

O Grupo Parlamentar do CHEGA insta também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, a marcar presença no debate.

O Regimento da Assembleia da República estipula que nos debates de urgência o Governo “se faz representar obrigatoriamente através de um dos seus membros”.

Na semana passada, o Presidente da República reconheceu a responsabilidade de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial, sugerindo o pagamento de reparações pelos erros do passado.

“Temos de pagar os custos. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isto”, afirmou Marcelo num jantar com correspondentes estrangeiros em Portugal, citado pela agência Reuters.

O CHEGA acusou o chefe de Estado de trair os portugueses e pediu a Marcelo Rebelo de Sousa que se retrate por estas declarações.

O partido liderado por André Ventura apresentou também um voto na Assembleia da República para que os deputados manifestem “a sua mais profunda e severa condenação ao Sr. Presidente da República, e às palavras por ele proferidas, por reforçar a ideia de reparação e afirmar que Portugal deve pagar indemnizações pelo seu passado histórico nas antigas colónias”.

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