Ventura espera que Costa não tenha sido ouvido por “pressão desajustada”

O presidente do CHEGA afirmou hoje esperar que o anterior primeiro-ministro não tenha sido ouvido pelo Ministério Público "por nenhuma pressão desajustada" e considerou que "parece que tem de se absolver António Costa de qualquer maneira".

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas no Montijo, no distrito de Setúbal, André Ventura criticou também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pelas declarações que tem feito sobre a possibilidade de António Costa vir a presidir ao Conselho Europeu e o andamento do processo judicial que o envolve.

Segundo o presidente do CHEGA, há uma “pressão que todos os dias é feita, nas televisões, nas rádios, no meio político, parece que se tem de absolver António Costa de qualquer maneira, porque ele tem de ir para o Conselho Europeu”.

“Pior, agora vemos Marcelo Rebelo de Sousa a entrar nisso também, a dizer que tem de ser rápido, porque ele vai para o Conselho Europeu”, acrescentou.

Na sexta-feira, António Costa foi ouvido pelo Ministério Público no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) no âmbito do processo Operação Influencer, sem que tenha sido constituído arguido.

“É normal que António Costa tenha sido ouvido. Espero que não tenha sido por nenhuma pressão desajustada, porque há muitos outros políticos à espera de ser ouvidos noutros processos há mais anos ainda. Portanto, espero que não tenha havido aqui nenhuma pressão do partido [PS] ou do próprio António Costa para isso”, afirmou o presidente do CHEGA, a esse propósito.

André Ventura defendeu “que se dê ao Ministério Público e à polícia as armas para que o processo possa avançar e chegar a uma conclusão, seja de acusação, seja de arquivamento”, sem pressão externa.

Últimas de Política Nacional

A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.
A nova sondagem Aximage para o Diário de Notícias atira André Ventura para a liderança com 19,1% das intenções de voto. Luís Marques Mendes surge logo atrás com 18,2%, mas o maior tremor de terra vem do lado do almirante Gouveia e Melo, que cai a pique.
André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.