A investigação da PJ permitiu concluir que o dinheiro obtido através desta prática ilícita – conhecida como “CEO Fraud” e que movimentou centenas de milhares de euros – tinha proveniência em bancos da Alemanha. Foi, ainda, possível aferir que várias empresas alemãs foram burladas.
Segundo os investigadores, o dinheiro acabou transferido para contas nacionais, especificamente criadas para rececionar estes fundos que, mal entravam em Portugal, eram imediatamente dissipados para outras contas bancárias e utilizados para aquisição de artigos de luxo.
Os detidos, um com nacionalidade portuguesa e outro com nacionalidade estrangeira, de 28 e 56 anos, serão submetidos a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
A PJ esclarece que as campanhas de “CEO Fraud” caracterizam-se, essencialmente, pelo envio de ‘emails’ ou mensagens de texto em que um agente malicioso, fazendo-se passar por uma entidade relacionada de alguma forma com a organização alvo, faz pedidos de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização, podendo conduzir estes a realizar transferências bancárias para contas associadas ao atacante.
Nalguns casos são apresentados ficheiros comprovativos, maioritariamente documentos forjados, de alteração de contas bancárias, adianta a PJ.
A investigação deste caso esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ.