Antigo Hospital Militar de Belém vai ser centro de acolhimento temporário de imigrantes

O centro de acolhimento temporário de imigrantes ficará localizado no edifício do antigo hospital militar de Belém, na Ajuda, tendo o local sido escolhido “por consensualização entre o Governo e Câmara Municipal de Lisboa, revelou o Ministério da Presidência.

© Facebook de Carlos Moedas

 

“O local escolhido, por consensualização entre o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa e com conhecimento prévio da Área Metropolitana de Lisboa, é o edifício do antigo hospital militar de Belém, localizado na Ajuda”, indicou hoje fonte oficial do gabinete do ministro da Presidência, numa resposta a questões colocadas pela Lusa.

Ainda de acordo com a mesma fonte, o espaço é cedido pelo Ministério da Defesa Nacional e carece de “pequenas intervenções que serão realizadas em breve” pelo município de Lisboa, estando já em curso os trabalhos preparatórios envolvendo a câmara e o Governo.

“A gestão do centro será liderada pela CML [Câmara Municipal de Lisboa], com apoio do Governo e envolvimento de instituições públicas e da sociedade civil”, acrescentou ainda o gabinete do ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Hoje de manhã, em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião sobre o impacto económico da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), não descartou a hipótese de o antigo hospital militar de Belém ser um dos “vários potenciais locais” identificados para receber o anunciado centro de acolhimento temporário de imigrantes.

O presidente da Câmara de Lisboa ressalvou, no entanto, que o local onde será instalado esse centro seria “uma escolha do Governo”.

Já depois destas declarações de Carlos Moedas, o presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, Jorge Marques (PS), recordou à Lusa “o compromisso” do município de construir um centro intergeracional no antigo hospital militar de Belém, “com residência para idosos, com creches”, opondo-se à eventualidade de o local ser escolhido para acolher imigrantes.

Na segunda-feira, a Junta de Freguesia já tinha distribuído um comunicado, acusando a Câmara de Lisboa de “traição” e dizendo ter tido conhecimento pela comunicação social, “com surpresa e estupefação” e “sem qualquer aviso prévio”, da possibilidade de o hospital militar de Belém ser transformado num centro de acolhimento para pessoas migrantes.

No comunicado, a junta da Ajuda escreveu ainda que não põe “em causa a necessidade de se encontrar uma solução” para o “problema humanitário” das pessoas migrantes sem-abrigo, mas explicitando que “não pode deixar de se opor a esta solução”.

Nas declarações feitas hoje, Carlos Moedas recordou que a Câmara de Lisboa já havia pedido “um antigo quartel ou um antigo hospital que pudesse acolher provisoriamente” pessoas migrantes, estando, por isso, “muito contente” com o anúncio feito entretanto pelo Governo (PSD-CDS/PP), que incluiu essa medida no Plano de Ação para as Migrações.

“Só preciso que o Governo me diga onde é que é”, assinalou, confirmando que há “alguns sítios identificados”, entre os quais o antigo hospital militar de Belém.

Carlos Moedas adiantou também que se iria reunir ainda hoje com o ministro da Presidência sobre o assunto.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que, se for eleito Presidente da República, admite vir a decretar estados de exceção para "dar poder extraordinário" à polícia e outras autoridades para combater o crime.
O presidente do CHEGA pediu ao Governo que faça cedências nalguns pontos, como o trabalho por turnos, para se aprovar uma nova legislação laboral, reiterando a sua disponibilidade para um acordo nesta matéria.
Os partidos entregaram 2.176 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), num novo recorde, de acordo com a informação disponível no 'site' da Assembleia da República.
O CHEGA entregou esta sexta-feira, 7 de novembro, mais de 600 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), no último dia do prazo definido pelo Parlamento, que coincidiu com o encerramento das audições na especialidade.
O partido liderado por André Ventura quer acabar com as portagens nas autoestradas para aliviar os custos das famílias e empresas, mas o ministro das Finanças rejeita a medida, defendendo que o princípio “utilizador-pagador” deve manter-se para proteger as contas públicas.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende reduzir e uniformizar a taxa de IVA aplicada ao setor da hotelaria e restauração, fixando-a em 13% para todos os serviços, incluindo bebidas alcoólicas e refrigerantes.
O CHEGA passou a integrar o executivo da Câmara Municipal de Sintra, na sequência de um acordo político que o presidente da autarquia, Marco Almeida, considera ser “um sinal de respeito pela vontade democrática dos sintrenses”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou ter investido 637.239,59 euros na construção da sua habitação em Espinho, entre 2016 e 2021. Este montante não inclui os 100 mil euros aplicados em 2015 na compra do terreno onde o imóvel viria a ser edificado.
O prazo de entrega para propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) termina hoje, dia que marca também o final das audições na especialidade no parlamento.
A Câmara aprovou a nomeação de Rui Emanuel Moreira da Rocha para o conselho de administração dos SMAS, por proposta do presidente socialista Fernando Ferreira.