Tempo máximo de resposta ultrapassado em 92% das consultas de cardiologia

O tempo máximo de resposta foi ultrapassado em cerca de 92% das consultas de cardiologia no segundo semestre de 2023, com mais de 23.448 utentes a aguardarem a primeira consulta no final deste período, foi hoje anunciado.

© D.R.

 

De acordo com uma monitorização sobre os tempos de espera no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que foi hoje divulgada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), no segundo semestre de 2023, foram realizadas 19.642 primeiras consultas de cardiologia nos hospitais públicos, um aumento de 0,3% face ao mesmo período de 2022.

Neste período, “os TMRG [Tempos Máximos de Resposta Garantidos] foram ultrapassados em 91,8% das consultas de cardiologia realizadas”.

No final do segundo semestre do ano passado, 23.448 utentes aguardavam pela primeira consulta de cardiologia, um acréscimo de 52,2% relativamente ao período homólogo, sendo que 86,7% destes com espera superior aos TMRG.

Por sua vez, contabilizaram-se 16.207 primeiras consultas com suspeita ou confirmação de doença oncológica, todas realizadas em hospitais públicos.

Contudo, a ERS ressalvou que “não foi avaliada a evolução do número de consultas do foro oncológico realizadas nos hospitais públicos no segundo semestre de 2023 face ao período homólogo de 2022, na medida em que no segundo semestre de 2022 o Registo de Saúde Eletrónico no Sistema Integrado de Gestão de Acesso (SER-SIGA) ainda não se encontrava em fase de implementação”.

Os TMRG foram ultrapassados em 61,7% das consultas realizadas e 10.775 utentes aguardavam, no final do ano, a primeira consulta com suspeita ou confirmação de doença oncológica.

No que diz respeito aos doentes em espera, os tempos máximos de resposta foram ultrapassados em 81,5% dos casos.

O regulador divulgou ainda que, na segunda metade de 2023, foram realizadas 589.125 primeiras consultas de especialidade a pedido dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), uma diminuição de 2,6% face ao período homólogo, mas este número não inclui as consultas de cardiologia ou com suspeita ou confirmação de doença oncológica.

Neste caso, os TMRG foram ultrapassados em mais de 56% das consultas realizadas.

O número de utentes em espera para a primeira consulta cresceu 33,8% em 31 de dezembro de 2023, atingindo 778.640.

Quanto às consultas realizadas nos prestadores protocolados, “no segundo semestre de 2023 foram realizadas 33.563 primeiras consultas de especialidade hospitalar – não incluindo consultas de cardiologia, nem consultas com suspeita ou confirmação de doença oncológica”.

Os tempos máximos de resposta foram ultrapassados em 30% das consultas realizadas.

Os doentes em espera para primeira consulta ascenderam a 27.055, 54,5% dos quais com espera superior aos TMRG.

Nos hospitais de origem do setor público, foram realizadas 253.267 cirurgias programadas, excluindo as de cardiologia e da área oncológica, o que corresponde a uma quebra de 0,4%.

Cerca de 14,6% dos utentes foram sujeitos a tempos de espera superiores aos TMRG.

No final de 2023, 185.444 utentes estavam em lista de inscritos para cirurgia de outras especialidades, uma diminuição de 1,9% no número de doentes em espera.

Foram também realizadas 29.562 cirurgias programas na área de oncologia nos hospitais públicos, mais 0,1% do que no segundo semestre de 2022, sendo que no final do ano 7.282 pessoas aguardavam uma cirurgia programa na área da oncologia (+5,2%).

Nos hospitais públicos realizaram-se mais 5,8% de cirurgias programadas no âmbito de doença cardíaca, com um total de 4.329.

Mais de 2.900 utentes aguardavam uma cirurgia cardíaca, um aumento de 1% na lista de espera.

Já nos hospitais protocolados executaram-se 8.782 cirurgias programadas, 75 de oncologia.

Nos hospitais de destino, “através da utilização de nota de transferência ou vale cirurgia”, foram realizadas 12.253 cirurgias programas, não incluindo as de cardiologia e oncologia.

Últimas do País

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa foi admitido no Hospital de São João, no Porto, depois de se ter sentido indisposto, informou hoje a Presidência da República.
A Embaixada da República de Angola em Portugal reagiu com “consternação” ao falecimento dos seis jovens angolanos, vítimas de um acidente de viação na madrugada de domingo em Lisboa, endereçando as condolências às famílias.
A campanha do Banco Alimentar Contra a Fome recolheu este fim de semana 2.150 toneladas de alimentos, avançou hoje a instituição de solidariedade social, menos 2,8% do que na campanha homóloga de 2024.
Um vigilante ao serviço da Urgência do Hospital de Santo Tirso foi agredido, na noite de domingo, por um grupo de cerca de vinte homens que entrou no serviço a exigir que um indivíduo alcoolizado fosse atendido de imediato.
O período para pagamento da última prestação do IMI superior a 100 euros decorre até terça-feira, por ser o primeiro dia útil após o final do prazo oficial de 30 de novembro, informou hoje o Ministério das Finanças.
Assim, Porto, Braga e Viana do Castelo vão estar sob aviso amarelo, entre as 18h00 e as 21h00 de hoje devido à previsão de precipitação, por vezes forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Seis pessoas morreram no despiste de um veículo ligeiro, na madrugada deste domingo, na Avenida das Forças Armadas, em Lisboa, que se incendiou após o embate. As vítimas serão jovens com idades entre os 18 e os 20 anos, avança a RTP.
Um pequeno incêndio deflagrou, na manhã de sábado, na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, obrigando à transferência de dois doentes para outras unidades de saúde.
Os proprietários de imóveis com um IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) superior a 100 euros têm até hoje para pagar a última prestação deste imposto.
O preço da farinha e do açúcar tem vindo a baixar desde o início do ano, mas o valor dos ovos deverá encarecer os doces de Natal, ao registar, desde o início do ano, um aumento de quase 32%.