Finanças pediram dividendo de 50 Milhões em 2023, NAV apenas deu 20 milhões

O Ministério das Finanças pediu à NAV uma distribuição extraordinária de resultados de 50 milhões de euros à NAV em 2023, mas a empresa apenas deu 20 milhões, avançou hoje o presidente da NAV Portugal, Pedro Ângelo.

© Linkedin Pedro Ângelo

O responsável reiterou, numa audiência na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, que “a distribuição de resultados não foi feita sobre qualquer compromisso de mais tarde vir a ser realizado um aumento de capital”, como terá sido o caso nas Águas de Portugal.

Pedro Ângelo salientou também que este dividendo extraordinário “não comprometeu a atividade operacional da empresa, nem a execução do plano de investimentos nem a eventualidade de assumir uma execução antecipada do empréstimo”.

Perante as questões do CDS-PP relativamente a uma eventual pressão do Ministério das Finanças, então liderado por Fernando Medina, para um dividendo extraordinário com o objetivo de reduzir a dívida pública, o responsável recusou utilizar essa expressão.

“Fomos confrontados com um pedido de distribuição extraordinária de resultados, no montante de 50 milhões” de euros, numa reunião em dezembro, contou, onde ficou combinado que a NAV retomaria o contacto para ver se era possível. A empresa concluiu depois que “o que era possível distribuir naquela altura ao Estado era um valor próximo de 19,6 milhões de euros”.

Pedro Ângelo destacou ainda que “em termos de disponibilidades financeiras no final de 2023, já depois de ter sido feita a transferência relativamente aos resultados, as disponibilidades ascendiam a 93 milhões de euros”, tendo em conta que o valor previsto para investimentos era de 42 milhões de euros.

Esta audição, a par com outras ao ex-presidente da Águas de Portugal e à presidente da Casa da Moeda, foram pedidas pelo CDS-PP, tendo em conta os dividendos extraídos destas empresas públicas e o seu impacto na redução da dívida pública, um tema que consta da análise feita pela UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental).

Últimas de Economia

Os viticultores do Douro que queiram aceder ao apoio de 50 cêntimos por quilo de uva a destilar têm que submeter as candidaturas até 25 de setembro, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República (DR).
Em causa estava a interpretação do artigo 251.º do Código do Trabalho, que define os dias de ausência a que o trabalhador tem direito em caso de luto: o STEC defendia que o cálculo devia abranger apenas dias úteis, enquanto a CGD sempre contabilizou dias consecutivos de calendário, incluindo fins de semana e feriados.
A agência de notação financeira Fitch subiu esta sexta-feira o 'rating' de Portugal de A- para A, com 'outlook' (perspetiva) estável, anunciou, em comunicado.
O movimento de passageiros nos aeroportos portugueses cresceu 4,9% de janeiro a julho, em relação ao mesmo período do ano passado, mostram dados divulgados hoje pelo INE.
A Autoridade Tributária (AT) devolveu, em 2024, 86 milhões de euros em IVA a turistas oriundos de países terceiros, nomeadamente cidadãos de fora da União Europeia (UE), no âmbito do regime ‘tax-free’.
No relatório "Reformas da Política Fiscal", a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) resume a trajetória das medidas fiscais introduzidas ou anunciadas pelos governos de 86 jurisdições em 2024, olhando para a realidade dos países da organização e de algumas economias "parceiras".
O objetivo destes empréstimos, disse o grupo BEI, é reduzir a fatura de energia e aumentar a competitividade das pequenas e médias empresas (PME).
A agricultura portuguesa pode perder até 510 milhões de euros anuais devido à redução da produtividade e ao aumento de custos, com a decisão de Bruxelas proibir o uso de algumas substâncias ativas, revelou um estudo hoje divulgado.
O valor das rendas poderá aumentar 2,24% em 2026, abaixo dos 2,25% estimados no final de agosto, após uma revisão dos dados da inflação publicada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os viticultores do Alentejo registam uma quebra média de 30% da produção de uva, em alguns casos até de 40%, na época de vindimas deste ano, face a 2024, revelou hoje a associação técnica do setor.