Primeira-ministra italiana queixa-se por carta à presidente da Comissão Europeia

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, escreveu uma carta à Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para se queixar, após a publicação do Relatório da Comissão sobre o Estado de Direito de 2024.

©facebook.com/giorgiameloni

 

“Querida Ursula, há poucos dias, como tem acontecido todos os anos desde 2020, a Comissão Europeia publicou o seu Relatório Anual sobre o Estado de Direito na UE”, lê-se na carta.

“As recomendações finais à Itália não diferem, particularmente, das dos anos anteriores, no entanto, pela primeira vez, o conteúdo deste documento foi distorcido para uso político por alguns, numa tentativa de atacar o Governo italiano, de que está em risco em Itália a liberdade de informação, em particular na [emissora estatal] RAI”.

A carta afirma que alguns artigos dos meios de comunicação social sobre as partes do relatório relativas a Itália eram “ataques desajeitados e especiosos que só podem ocorrer no contexto desolador do uso recorrente de notícias falsas que poluem cada vez mais o debate na Europa”.

“É uma pena que nem o relatório da Comissão sobre o Estado de direito e, em particular, sobre a liberdade de informação no serviço público de radiodifusão tenha sido separado pelos profissionais da desinformação e da mistificação”, escreveu Meloni.

“O atual Governo e a maioria parlamentar que o apoia ainda não fizeram uso da regulamentação em vigor para a renovação dos quadros superiores (da RAI)”, acrescenta.

“Os atuais membros do conselho de administração da RAI foram nomeados na última legislatura por uma maioria, da qual a [coligação] Irmãos de Itália (FdI) não fazia parte, pelo que é difícil perceber como é que este Governo pode ser acusado de alegada interferência política de gestão na RAI”.

Últimas de Política Internacional

O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, agradeceu ao presidente norte-americano e ao seu Governo o veto único a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.
O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, anunciou esta terça-feira a queda de todo o Governo, após a demissão dos cinco ministros ligados ao partido PVV, de Geert Wilders.
O líder do partido PVV dos Países Baixos, Geert Wilders, retirou hoje o partido da coligação governamental, devido a um desacordo sobre a imigração, abrindo caminho para eleições antecipadas.
O conservador Karol Nawrocki venceu a segunda volta das presidenciais de domingo na Polónia, com 50,89% dos votos, contra 49,11% do rival, o liberal Rafal Trzaskowski, após o escrutínio da totalidade dos votos, anunciou Comissão Eleitoral Nacional.
Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, hoje realizada, estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.