MAI diz estarem “encerradas” negociações salariais com GNR e PSP

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, afirmou estarem “encerradas” as negociações sobre aumentos salariais com a GNR e PSP, enquanto estruturas representativas prometem continuar a lutar pela paridade com Polícia Judiciária.

Webpage do Governo da República

Em declarações à SIC, a governante lembrou que o acordo com as associações profissionais e sindicatos das forças de segurança “foi firmado e assinado no passado dia 09 de julho” e adiantou: “Estas negociações estão encerradas”.

“Vamos continuar a cumprir o que ficou firmado e retomaremos [mais tarde] a revisão das carreiras. Acho que é um excelente acordo, mas as pessoas são livres de discordar”, acrescentou a governante numa altura em que três associações de profissionais da GNR e um sindicato da PSP prometeram manter a coesão e lutar pela paridade com os colegas da Polícia Judiciária.

Também em declarações à SIC, o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, Bruno Pereira, que assinou o acordou, pediu a reabertura das negociações.

“Era importante reatar as negociações imediatamente para que essas futuras alterações nas estruturas salariais e nos outros suplementos possam ver a luz do dia a partir de 1 de janeiro de 2025”, afirmou Bruno Pereira, que foi porta-voz da plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR para a reivindicação de aumentos.

Bruno Pereira lamentou que “nada valeram” as contestações e negociações com o executivo.

“No final de contas, nada valeu estarmos a protestar, a contestar e a negociar porque tudo isto permitiu que outros sem o terem que fazer conseguissem tanto , ou neste caso mais”, acrescentou.

Igualmente no domingo, a Associação Nacional dos Sargentos da Guarda, a Associação Sócio-profissional Independente da Guarda Nacional Republicana, a Associação Nacional Autónoma de Guardas e o Sindicato Independente de Agentes de Polícia lamentaram que, no passado dia 09, tenha sido celebrado um “acordo desastroso”, que se recusaram a assinar.

Em comunicado divulgado no domingo, criticaram “a irredutibilidade do Governo na recusa de dignificar os elementos da GNR e da PSP num valor justo que permitiria, no mínimo, tratar por diferente aquilo que é essencialmente diferente”, e consideram “inaceitável que em Portugal um agente de autoridade e órgão de polícia criminal não seja equiparado a um elemento policial da PJ (inspetor)”.

As estruturas pediram reuniões a todas as forças políticas com representação parlamentar, tendo entretanto sido recebidos pelo Chega.

As associações e o sindicato consideraram ainda “absolutamente inacreditáveis, em paradoxo, as comparações entre os elementos das Forças de Segurança e os militares das Forças Armadas” e “absolutamente gravosas as declarações do ministro da Defesa Nacional” quando disse que, “em 01 de janeiro de 2025, nenhum militar receberá menos do que um GNR ou PSP”.

Na sua opinião, o acordo celebrado entre a ministra da Administração Interna (MAI) e cinco estruturas da PSP e da GNR “revela bem a ausência de tutela política no setor da Administração Interna”, principalmente quando se faz a comparação “com as medidas agora aprovadas para o setor da Defesa Nacional”.

“O acordo celebrado no MAI não contempla uma única medida adicional, imediata e concreta, apresentando antes um conjunto de intenções de revisão dos estatutos de pessoal e remuneratórios, nada palpável ou estimável a curto/médio prazo, que permita mitigar a ausência de vontade do Governo em alcançar paridade entre as policias”, lamentaram.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA, André Ventura, apresentou-se hoje como o candidato a Presidente da República antissistema, e defendeu que a sua participação nas eleições presidenciais do próximo ano é uma forma de liderar a oposição.
O líder do CHEGA, André Ventura, vai candidatar-se a Presidente da República nas eleições presidenciais do início do próximo ano, confirmou hoje à agência Lusa fonte oficial do partido.
O CHEGA propôs a audição com urgência do secretário de Estado da Agricultura na Assembleia da República para prestar esclarecimentos sobre a investigação por alegadas suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
O presidente do CHEGA mostrou-se hoje disponível para voltar a candidatar-se a Presidente da República, apesar de não considerar a solução ideal, e indicou que o objetivo é apoiar um candidato que dispute a segunda volta.
O líder do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que voltará a ser candidato à presidência do partido no próximo congresso, que ainda não está marcado.
Liderados pela deputada e coordenadora nacional da Juventude do partido, Rita Matias, os jovens defenderam o legado de Kirk como símbolo da luta pela pátria, família e liberdade.
O CHEGA surge pela primeira vez na liderança das intenções de voto em Portugal, de acordo com o mais recente Barómetro DN/Aximage, publicado pelo Diário de Notícias.
O CHEGA reúne hoje à noite o seu Conselho Nacional, em Lisboa, para discutir as eleições presidenciais de janeiro de 2026, devendo a decisão ser anunciada até segunda-feira, de acordo com o líder do partido.
Ventura considera “indigno” o valor atualmente pago aos bombeiros e vai propor um aumento para cinco euros por hora, juntamente com reformas na Proteção Civil e medidas para o combate aos incêndios.
Enquanto os portugueses contam os trocos no supermercado, o Governo continua de braços cruzados. O preço do cabaz alimentar sobe como nunca, por isso, o CHEGA exige medidas concretas, porque comer deixou de ser um direito e passou a ser um luxo.