Aumento do suplemento de risco vai ser pago entre salários de agosto e setembro

O aumento do suplemento de risco para as forças de segurança vai ser pago entre os salários de agosto e setembro, adiantou hoje a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, com retroativos a julho.

Webpage do Governo da República

Num esclarecimento aos jornalistas após a tomada de posse do novo comandante da Unidade Especial de Polícia, Pedro Teles, na direção nacional da PSP, em Lisboa, a governante disse que o diploma sobre o aumento do suplemento para os elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) vai ser aprovado na reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira, seguindo-se a promulgação pelo Presidente da República.

O acordo entre o Ministério da Administração Interna (MAI) e cinco dos sindicatos da PSP e associações da GNR para o aumento faseado de 300 euros no suplemento foi alcançado no passado dia 09 de julho.

Além do aumento de 300 euros, passando a variante fixa do suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, o acordo assinado prevê também revisão do estatuto profissional, alterações na tabela remuneratória em 2025 e na portaria da avaliação, revisão das tabelas dos remunerados e via verde na saúde.

Este aumento de 300 euros vai ser pago em três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

O suplemento de risco e serviço nas forças de segurança é composto por uma componente variável de 20% do ordenado base e de uma componente fixa, que vai passar de 100 euros para 400 euros.

A ministra reiterou ainda a vontade de “fazer mais e melhor” não apenas na valorização dos profissionais das forças de segurança, mas também na requalificação de estruturas e equipamentos, prevendo apresentar “até ao final do ano” o plano, que assenta no recurso à lei de programação para as forças de segurança e ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Estamos a fazer uma reavaliação de todo o dispositivo policial, no sentido de adaptar as esquadras e os comandos às novas realidades do país. A direção nacional da PSP está a fazer um esforço e vai apresentar em breve uma (proposta de) requalificação nos sítios. Além da reorganização e requalificação, temos um grande investimento nos equipamentos, com as autarquias, num maior dispositivo de câmaras de vigilância”, observou.

Questionada se a reorganização do dispositivo das forças de segurança poderia levar ao encerramento de esquadras da PSP ou comandos da GNR, Margarida Blasco descartou esse cenário: “Nenhuma população vai ficar sem esquadras da PSP ou postos da GNR; esta reorganização vai ter em conta a segurança de cada um e de todos os cidadãos. Ninguém vai ficar sem o seu polícia ou o seu militar”.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA solicitou hoje a marcação de uma interpelação ao Governo sobre educação, com a presença do ministro, e desafiou o Executivo a construir um "plano de emergência" para que os problemas fiquem resolvidos até dezembro.
O líder do CHEGA reiterou hoje que o seu partido "está fora das negociações" do próximo Orçamento do Estado porque o Governo continua "a negociar com o PS", e admitiu que só voltaria a negociar um documento novo.
Os deputados da Comissão de Economia aprovaram hoje as audições do ministro Miguel Pinto Luz e da ex-ministra Maria Luís Albuquerque sobre a privatização da TAP, mas também de outros ex-governantes como Pedro Nuno Santos e José Sócrates.
O primeiro plenário depois das férias parlamentares será no dia 18 de setembro, uma interpelação do CHEGA ao Governo sobre o estado dos estabelecimentos prisionais, e não ficou agendado qualquer debate quinzenal com o primeiro-ministro até final do mês.

A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua e o líder do Livre Rui Tavares estão a convocar uma contramanifestação para dia 21 de setembro, o mesmo dia em que o CHEGA, o terceiro maior partido português, tem convocada uma manifestação contra a imigração descontrolada e a insegurança. […]

A procuradora-geral da República, Lucília Gago, é ouvida hoje no parlamento sobre o relatório anual de atividade do Ministério Público (MP), mas deve ser também questionada sobre diversos casos judiciais que agitaram a sociedade portuguesa no último ano.
A ministra da Justiça anunciou hoje uma auditoria urgente à segurança dos 49 estabelecimentos prisionais de Portugal, na sequência da fuga de cinco reclusos da cadeia de Vale dos Judeus no sábado.
O presidente do CHEGA defendeu hoje que o Presidente da República deve ser coerente com o que fez com o último Governo e marcar novas eleições legislativas caso o Orçamento do Estado para o próximo ano seja chumbado no parlamento.
O presidente do CHEGA defendeu hoje a demissão do diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais e considerou que a ministra da Justiça deve assumir responsabilidades pela fuga de cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que o voto contra à proposta de Orçamento do Estado para o próximo “é irrevogável”, mas admitiu participar em futuras reuniões com o Governo em torno do documento.