Ventura considera que Pinto Luz e Maria Luís Albuquerque ficam fragilizados após auditoria

O presidente do CHEGA considerou hoje que o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e a antiga ministra Maria Luís Albuquerque, indicada para comissária europeia, ficam fragilizados após as conclusões da auditoria às contas da TAP.

© Folha Nacional

“Cabe ao primeiro-ministro dizer se Miguel Pinto Luz tem condições para continuar a ser ministro ou se Maria Luís Albuquerque tem condições para ser nomeada comissária europeia, mas eu acho que, perante estes dados, pelo menos alguma prudência deveria caber ao primeiro-ministro, prudência que não está a ter”, afirmou André Ventura antes de uma reunião na Valorsul, empresa responsável pelo tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos.

Questionado se Miguel Pinto Luz continuaria a ser ministro de um governo liderado por si, respondeu que “provavelmente não”.

Ventura defendeu que “o ministro está amplamente fragilizado, mas que também a escolha de Maria Luís Albuquerque [para comissária europeia], depois desta enorme trapalhada, está muito fragilizada”.

O líder do CHEGA considerou que as conclusões da auditoria são graves e que “o processo da TAP foi mal sugerido, quer pelo governo do PSD, quer pelo governo do PS”.

“E por isso nós temos de chamar à responsabilidade estas pessoas”, afirmou, adiantando que, caso o assunto não seja debatido em comissão permanente na Assembleia da República, o CHEGA vai pedir “um debate de urgência nos próximos dias, precisamente sobre este dossiê da TAP”.

O presidente do CHEGA quer que o primeiro-ministro explique “por que é que mantém a confiança, quer em Miguel Pinto Luz, quer em Maria Luís Albuquerque”.

Questionado se fica desapontado por as suspeitas de irregularidades no processo de privatização da TAP recaírem sobre um governo liderado por Pedro Passos Coelho (um ex-primeiro-ministro que tem elogiado), respondeu: “Não fico desapontado, nem menos desapontado. Os governos são feitos por um primeiro-ministro, mas também por um ministro, e não é o primeiro-ministro que tutela todos os dossiês diretamente”.

“Há sempre responsabilidade política, e se ela existir eu serei o primeiro a pedir, seja de Pedro Passos Coelho, de José Sócrates ou de António Costa. Tanto quanto sei até agora, e tanto quanto este relatório demonstra, Pedro Passos Coelho não tem responsabilidade direta neste processo em relação à TAP”, defendeu.

André Ventura disse também que esta questão não vai mudar a sua opinião sobre o antigo primeiro-ministro, que classificou como um “homem determinado, firme e que geriu e governou o país num momento muito difícil”.

Na terça-feira, o primeiro-ministro elogiou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que disse estar “fortalecido pelo excelente trabalho” que tem feito, e considerou que o relatório da Inspeção-Geral das Finanças sobre a TAP “não tem nenhuma novidade”.

Últimas de Política Nacional

André Ventura reuniu, em apenas cinco horas, as 7.500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura à Presidência da República.
O Tenente-Coronel Tinoco de Faria anunciou que decidiu retirar-se da corrida às eleições presidenciais, declarando o seu apoio a André Ventura, numa decisão que descreveu como tomada “em defesa dos valores da Nação”.
“Pode aparecer um maluco...”, foi o que um ativista cigano declarou em entrevista ao Diário de Notícias, referindo-se ao candidato presidencial André Ventura. A menos de três semanas das presidenciais, o caso agrava o clima de tensão em torno da candidatura do líder do CHEGA.
O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, afirmou, em audição parlamentar no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026, que “já existem três organizações terroristas a operar em Portugal”, exigindo explicações ao Governo sobre o alegado funcionamento dessas células no território nacional.
Candidato presidencial reage à abertura de um inquérito por causa dos cartazes da sua campanha. Ventura fala em ataque à liberdade de expressão e garante que não vai retirar a mensagem: “Cumpro a lei, mas não abdico das minhas convicções.”
Decisão de Marco Almeida causa polémica logo na primeira reunião do novo executivo. Autarquia defende legalidade e fala em mérito profissional, mas a nomeação do companheiro de uma vereadora para liderar os SMAS de Sintra levanta críticas e acusações de favorecimento.
A Câmara da Nazaré confirmou a realização de buscas nesta autarquia, mas o antigo presidente, Walter Chicharro, esclareceu que se limitou ao licenciamento urbanístico das vivendas investigadas pela PJ que são propriedade do Estado.
O CHEGA considera que o aumento das pensões deve ser um "desígnio histórico" e propõe, no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano, uma subida de 1,5%, além do que está previsto por lei.
André Ventura quer que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção trabalhem em prol da comunidade. O líder do CHEGA defende que o apoio estatal deve implicar contrapartidas e combater a “subsidiodependência”.
O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que, se for eleito Presidente da República, admite vir a decretar estados de exceção para "dar poder extraordinário" à polícia e outras autoridades para combater o crime.