EUA reiteram apoio a Israel e reforçam presença militar na região

Os Estados Unidos da América (EUA) reiteraram hoje o seu apoio a Israel e ao direito israelita de defender-se dos ataques do movimento xiita libanês Hezbollah, prometendo o envio de mais forças militares para o Médio Oriente.

© D.R.

O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, manteve uma conversa telefónica com o seu homólogo israelita, Yoav Gallant, um contacto que ocorreu poucas horas antes de as forças israelitas terem realizado uma intensa vaga de ataques contra o sul do Líbano, onde 274 pessoas morreram.

Num comunicado divulgado pelo Departamento de Defesa norte-americano, Austin insistiu que Israel tem “o direito de defender-se enquanto o Hezbollah estende os seus ataques ao território israelita”, embora tenha destacado a importância de “encontrar um caminho para uma solução diplomática”.

Ao mesmo tempo, o secretário de imprensa do Pentágono (Departamento de Defesa), Pat Ryder, anunciou que os EUA vão enviar tropas adicionais para o Médio Oriente, embora não tenha especificado a quantidade do reforço, numa altura em que o Exército norte-americano tem cerca de 40.000 militares na região.

“Os Estados Unidos mantêm a sua posição de proteger as forças e o pessoal norte-americanos e estão determinados a deter qualquer ator regional que procure explorar a situação ou prolongar o conflito”, disse Austin durante o telefonema com Gallant, que aproveitou o contacto com o homólogo norte-americano para justificar a nova campanha de ataques que visou o Líbano.

O aumento dos combates entre Israel e o movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah levanta receios sobre a possibilidade de um alargamento do conflito no Médio Oriente.

Na semana passada, o Exército israelita apresentou aos Estados Unidos os seus “planos operacionais” no Líbano.

A tensão entre o Líbano e Israel tem escalado desde julho, quando um alto funcionário da milícia xiita, Fuad Shukr, morreu num ataque no bairro de Hared Hreik, no sul de Beirute, atribuído às forças israelitas.

Há apenas uma semana, quase 40 pessoas morreram e cerca de 3.000 ficaram feridas quando milhares de dispositivos de comunicação – como ‘pagers’ e ‘walkie-talkies’ — de membros do Hezbollah explodiram, num ataque que o Líbano atribui a Israel.

Últimas de Política Internacional

As autoridades turcas detiveram hoje 234 pessoas suspeitas de pertencerem a redes de crime organizado, numa grande operação policial de âmbito internacional, foi hoje anunciado.
A União Europeia (UE) quer reforçar o controlo e a responsabilização do comércio internacional de armas, após os 27 terem aprovado hoje uma revisão do quadro sobre esta matéria, motivada pela entrega de armas à Ucrânia.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiro defendeu hoje que é preciso a Rússia seja pressionada para aceitar as condições do cessar-fogo, recordando que a Ucrânia está a aguardar há um mês pela decisão de Moscovo.
O presidente em exercício do Equador, o milionário Daniel Noboa, foi declarado vencedor da segunda volta das eleições de domingo pela autoridade eleitoral do país, derrotando a rival de esquerda, Luisa González.
O Governo moçambicano admitiu hoje pagar três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) à euroAtlantic, pela rescisão do contrato com a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), mas abaixo da indemnização exigida pela companhia portuguesa.
O presidente da Ucrânia pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque com mísseis balísticos na manhã de hoje contra a cidade de Soumy, no nordeste da Ucrânia, que terá causado mais de 20 mortos.
O líder venezuelano Nicolas Maduro vai visitar Moscovo no próximo mês para participar nas comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que se celebra tradicionalmente a 9 de maio, confirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os países que apoiam a Ucrânia na defesa do território ocupado por tropas russas comprometeram-se hoje com mais 21.000 milhões de euros para apoiar o país, durante uma reunião do Grupo de Contacto.
As autoridades italianas transferiram hoje o primeiro grupo de imigrantes em situação irregular para os polémicos centros de deportação na Albânia, transformados em estruturas de repatriamento de requerentes de asilo já com ordem de expulsão de Itália.
A inflação na Venezuela fixou-se em 136% em março, em termos anuais, anunciou o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).