Ventura fala “em dia histórico” no arranque da manifestação do CHEGA contra “imigração descontrolada”

O presidente do CHEGA afirmou que hoje é “um dia histórico”, dizendo que se juntaram “quase três mil pessoas” em Lisboa para se manifestarem contra a imigração que o partido considera estar descontrolada.

© Folha Nacional

“É uma manifestação histórica, no sentido em que é a primeira vez na história de Portugal em que um grande movimento sai à rua para dizer que quer não acabar com a imigração, mas controle na imigração”, disse, poucos minutos antes do arranque da manifestação, perto das 16:00 em Lisboa.

“Espero que o Governo, espero que a Assembleia da República, espero que o país perceba, se não pararem a tempo, nós também não pararemos. Este movimento não parará de crescer”, disse.

A manifestação arrancou em direção ao Rossio com gritos de “nem mais um, nem mais um”.

André Ventura disse estar a citar números da PSP, que seriam confirmados mais tarde, para falar de cerca de três mil pessoas na rua, o que considerou ter uma razão.

“Portugal está a ter uma imigração descontrolada. Nós estamos, neste momento, entre 10% a 15% de população imigrante. É um número que supera até países históricos de imigração na Europa e o governo socialista, quer este governo, não mostram intenções de mudar essa política”, acusou, dizendo que “é por isso que o povo tem de sair à rua”.

O líder do CHEGA disse que o partido defende “um país aberto a quem quer vir por bem, a quem quer vir trabalhar”. Questionado como é feito esse controlo, respondeu que anualmente a Assembleia da República terá de definir quotas “e só esses entrariam consoante as necessidades da economia”.

Questionado sobre o que fazer se mesmo esses cometerem crimes, Ventura defendeu que só há uma solução.

“Quem cometer crimes em Portugal, sendo imigrante, só tem um caminho, a deportação. É isso que nós defendemos”, afirmou, alegando que não é isso que tem acontecido em Portugal.

Já sobre a contramanifestação marcada para o Intendente, disse esperar que todos tenham respeito pelas ideias do CHEGA.

“Espero respeito de todos. Quer os que vieram à nossa manifestação, mas também os que estão do outro lado”, afirmou.

À pergunta se as pessoas que fogem da guerra não devem ser recebidas em Portugal, Ventura respondeu afirmativamente, mas contrapôs que “quem está a vir de Marrocos, quem está a vir do Senegal, quem está a vir do Nepal, não está a vir de nenhuma guerra”

“Ou nós acabamos com isto ou um dia não haverá país que sobreviva e não há fronteiras que sobrevivam. Hoje é a primeira vez, como digo, que nós vemos milhares de pessoas nas ruas de Lisboa a defender isto”, disse.

Sobre os benefícios da imigração para a segurança social, o líder do CHEGA argumentou que “o controlo da imigração terá boas consequências na economia”.

“Entrará quem quer vir contribuir e quem quer vir trabalhar e as necessidades da economia portuguesa não entrará quem já não cabe na quota portuguesa”, disse, alegando que a imigração “não pode ser vista só na segurança social”, dizendo que o excesso de imigrantes traz consequências negativas na saúde ou habitação.

O líder do CHEGA apontou para exemplos que considera negativos, como Alemanha e França: “Nós não nos queremos tornar num desses países caóticos. Não nos queremos tornar num desses países sem controlo de imigração. A Alemanha está agora a mudar as políticas de imigração. Porque é que nós deveremos mantê-la?”.

À hora prevista para o início da manifestação, juntavam se no jardim da Alameda, em Lisboa, mais de um milhar de pessoas com bandeiras do CHEGA e de Portugal, que iam gritando o nome do partido e do país e entoando o hino nacional.

No local estava um forte dispositivo policial, com várias carrinhas da policia de intervenção.

A Amnistia internacional deslocou também para o local três elementos para observar o protesto, designado pelo CHEGA “Salvar Portugal”.

Contactada pela Lusa, a Polícia de Segurança Pública (PSP) disse que conta com um reforço policial, “necessário e ajustado”, para acompanhar a manifestação “Salvar Portugal”, marcada pelo CHEGA contra a imigração, e uma concentração designada “Não Passarão”, promovida por coletivos antifascistas, considerando a possibilidade de se cruzarem, apesar de o parecer que deu à Câmara Municipal de Lisboa, e que foi aceite, foi para que ambas não acontecessem em simultâneo.

A população estrangeira em Portugal aumentou cerca de 33% no ano passado, totalizando mais de um milhão de imigrantes a viver legalmente no país, segundo um documento apresentado em junho pelo Governo.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República defendeu hoje a urgência de cuidar de “todas as crianças, sem exceção, em todas as geografias”, sobretudo nas mais afetadas pelos “efeitos das guerras, da fome e da falta de condições humanitárias”.
A publicação hoje em Diário da República do mapa oficial com os resultados das eleições legislativas de 18 de maio determina que a primeira reunião da Assembleia da República da nova legislatura se realize na terça-feira, 03 de junho.
O presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou esta noite que as próximas autárquicas serão uma "prova de fogo" e que o partido tem a "obrigação de ganhar" em várias autarquias e freguesias.
O Tribunal de Contas (TdC) condenou três funcionários da Câmara de Pedrógão Grande por infrações financeiras, no caso relativo ao desvio de dinheiro do município, segundo a sentença à qual a Lusa teve hoje acesso.
O objetivo é simples: perceber quanto dinheiro é gasto independentemente da sua natureza, em cada ministério. A sua implementação? O início da legislatura.
De 58 passaram a 60 deputados, depois de eleger dois novos deputados pelos círculos Fora da Europa e da Europa, ultrapassando o PS que não elegeu nenhum. “Obrigado e parabéns a todos nós!”
O presidente do CHEGA, André Ventura, classificou hoje como “uma patetice” o candidato à liderança socialista José Luís Carneiro considerar que o PS se mantém como segunda força política por ter mais votos do que o CHEGA.
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que o partido não vai acompanhar a moção de rejeição do programa do próximo governo anunciada pelo PCP, considerando que uma nova crise política “é indesejável”.
Henrique Gouveia e Melo, antigo chefe do Estado-Maior da Armada e ex-coordenador da ‘task force’ da vacinação contra a covid-19, apresenta hoje, em Lisboa, a sua candidatura à Presidência da República.
"Esta vitória prova que os emigrantes estão cansados de serem esquecidos por PS e PSD, e reconhecem que só o CHEGA os defende com coragem, com verdade e com determinação”, disse André Ventura.