Adesão à greve dos Sapadores de Bombeiros de Lisboa acima dos 95%

A adesão à greve no turno da noite dos Bombeiros Sapadores de Lisboa, que teve início às 00h00 de hoje, situou-se acima dos 95%, disse à agência Lusa fonte sindical, destacando que estão a ser cumpridos serviços mínimos.

© Folha Nacional

“No turno entre as 00h00 e as 08h00 de hoje a adesão à greve foi acima dos 95%. Estão a ser cumpridos serviços mínimos. Fazem serviços sempre que há vidas humanas em risco”, disse à Lusa cerca das 10h00 o dirigente sindical Nuno Almeida, Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).

Os Bombeiros Sapadores de Lisboa iniciaram hoje uma greve que vai prolongar-se até 31 de outubro para exigir a revisão do Estatuto de Pessoal dos Bombeiros Profissionais da Administração Local, nomeadamente a revisão da tabela remuneratória.

A paralisação vai durar um mês, mas o STML admite a possibilidade de se estender para novembro caso o Governo não responda satisfatoriamente às reivindicações dos bombeiros.

De acordo com o sindicato, inicialmente a greve estava marcada de 01 a 13 de outubro, mas foi decidido prolongar a paralisação até dia 31 após uma reunião, na sexta-feira, em que não foi apresentado por parte dos secretários de Estado da Proteção Civil e Administração Local e Ordenamento do Território presentes nenhum documento para dar o início a uma negociação para a revisão do estatuto profissional dos Bombeiros Sapadores.

Na origem da greve, segundo explicou à Lusa António Pascoal, do STML, está a “revisão do Estatuto de Pessoal dos Bombeiros Profissionais da Administração Local, nomeadamente a revisão da tabela remuneratória, que garanta que a remuneração base não é inferior à Renumeração Mínima Mensal Garantida e uma justa e adequada progressão e promoção na carreira”.

“Nós temos um estatuto que não é revisto há 22 anos. Na parte remuneratória, os bombeiros sapadores ganham muito menos que o salário mínimo nacional. Neste momento, (…) estamos a falar de 722 euros de ordenado base num bombeiro sapador em início de carreira”, contou António Pascoal.

Os sapadores pedem também a correção da atual tabela remuneratória em mais de 52 euros, a atribuição de um suplemento de risco e a atualização do Suplemento de Disponibilidade Permanente.

O reconhecimento da carreira de bombeiro sapador como profissão de desgaste rápido é outra das revindicações.

Os Sapadores Bombeiros de Lisboa pedem também a revisão do regime de aposentação, alterado em 2019, garantindo uma reforma digna, justa e em idade que tenha em conta o desgaste físico e psicológico a que estes profissionais estão sujeitos durante a sua vida de trabalho e a criação de um sistema de avaliação específico, sem quotas, ajustado à especificidade e à natureza da sua atividade.

A reposição do direito a um descanso compensatório de igual duração ou ao acréscimo de 100% do trabalho prestado em dia feriado obrigatório em órgão ou serviço legalmente dispensado de suspender o trabalho em dia feriado é outra das revindicações.

Os Sapadores Bombeiros de Lisboa vão participar também na manifestação nacional convocada pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) marcad para 10 de outubro, dia da entrega do Orçamento do Estado na Assembleia da República, que inclui uma marcha de bombeiros profissionais entre o Ministério da Administração Interna (MAI) e o parlamento.

Últimas do País

O ministro da Educação, Ciência e Inovação anunciou esta sexta-feira que o Governo vai pagar aos professores 30 milhões de euros por horas extraordinárias acumuladas desde 2018, que, erradamente, não tinham sido pagas.
Um sismo de magnitude 4,1 ocorreu este sábado em Celorico da Beira e foi sentido em vários concelhos dos distritos da Guarda, Aveiro, Castelo Branco, Vila Real e Viseu, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O tempo médio de espera para doentes não urgentes atingia este sábado as 10 horas no Amadora-Sintra, com os urgentes (pulseira amarela) a esperarem mais de seis horas.
As burlas foram responsáveis no ano passado por um prejuízo patrimonial superior a 65 milhões de euros, menos 41% face a 2023, uma diminuição que acompanha o decréscimo das denúncias deste tipo de crime em 2024, revela a PSP.
Recusou abandonar o hospital após alta clínica, intimidou profissionais de saúde e chegou a exigir casa e cirurgia inexistente. O caso arrastou-se durante meio ano no Hospital Amadora-Sintra e só terminou com intervenção policial.
A PSP deteve nos últimos dias no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, três cidadãos estrangeiros procurados internacionalmente por crimes sexuais, fraudes e burlas transnacionais, e captação indevida de depósitos, anunciou esta sexta-feira a força de segurança.
Portugal registou um aumento de infeções respiratórias graves, sobretudo nos maiores de 65 anos, e excesso de mortalidade na região Norte em pessoas de 75 a 84 anos, revelam dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).
Agentes da PSP foram alvo de apedrejamento no Bairro da Cova da Moura, depois de tentarem intercetar uma viatura em fuga. Os suspeitos escaparam, mas deixaram para trás indícios de crime.
Dezenas de repartições de Finanças estão encerradas durante a manhã de hoje, até às 13h, e outras enfrentam constrangimentos no atendimento, enquanto decorre uma reunião ‘online’ de trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) para discutir reivindicações salariais e laborais.
Uma mulher de 60 anos foi constituída arguida pela GNR por utilização indevida de cartão bancário na aquisição de vários bens, num valor superior a 3 mil euros, no concelho do Sabugal.