Edmundo González diz que vai tomar posse como Presidente

O político e dirigente da oposição ao regime venezuelano Edmundo González Urrutia afirmou hoje que vai “tomar posse a 10 de janeiro como Presidente da Venezuela”.

© Facebook Maria Corina Machado

“São duas personagens distintas. [Juan] Guaidó (ex-presidente interino da Venezuela) teve uma designação da Assembleia Nacional, eu tive o apoio de 8 milhões de venezuelanos. (…) Vou tomar posse a 10 de janeiro como Presidente da Venezuela”, disse, depois de questionado sobre quantos políticos seriam necessários para derrubar Nicolas Maduro, numa breve conferência de conferência de imprensa no Fórum La Toja, na Galiza, Espanha.

Confrontado com a possibilidade de deixar o exílio espanhol e voltar à Venezuela antes de 10 de janeiro, para naquele dia tomar posse, González ironizou que também poderá antecipar o regresso, já que Nicolas Maduro antecipou o Natal.

“Se Maduro antecipou o Natal, também poderei antecipar o meu regresso”, observou.

Sobre o destino de Nicolas Maduro após tomar posse como Presidente da Venezuela, González disse que “será o que ele deseje”, nomeadamente ficar no país, “se aceitar as condições”.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o CNE atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos, sem nunca ter divulgado as atas da votação, o que levou grande parte da comunidade internacional a não reconhecer o resultado.

A oposição venezuelana contesta os dados oficiais e alega que o antigo diplomata Edmundo González Urrutia – atualmente exilado em Espanha -, obteve quase 70% dos votos.

A organização não-governamental (ONG) venezuelana Fórum Penal (FP) denunciou quarta-feira que estão detidas no país por motivos políticos 1.905 pessoas, entre elas 67 adolescentes com idades compreendidas entre 14 e 17 anos.

Últimas de Política Internacional

As autoridades turcas detiveram hoje 234 pessoas suspeitas de pertencerem a redes de crime organizado, numa grande operação policial de âmbito internacional, foi hoje anunciado.
A União Europeia (UE) quer reforçar o controlo e a responsabilização do comércio internacional de armas, após os 27 terem aprovado hoje uma revisão do quadro sobre esta matéria, motivada pela entrega de armas à Ucrânia.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiro defendeu hoje que é preciso a Rússia seja pressionada para aceitar as condições do cessar-fogo, recordando que a Ucrânia está a aguardar há um mês pela decisão de Moscovo.
O presidente em exercício do Equador, o milionário Daniel Noboa, foi declarado vencedor da segunda volta das eleições de domingo pela autoridade eleitoral do país, derrotando a rival de esquerda, Luisa González.
O Governo moçambicano admitiu hoje pagar três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) à euroAtlantic, pela rescisão do contrato com a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), mas abaixo da indemnização exigida pela companhia portuguesa.
O presidente da Ucrânia pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque com mísseis balísticos na manhã de hoje contra a cidade de Soumy, no nordeste da Ucrânia, que terá causado mais de 20 mortos.
O líder venezuelano Nicolas Maduro vai visitar Moscovo no próximo mês para participar nas comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que se celebra tradicionalmente a 9 de maio, confirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os países que apoiam a Ucrânia na defesa do território ocupado por tropas russas comprometeram-se hoje com mais 21.000 milhões de euros para apoiar o país, durante uma reunião do Grupo de Contacto.
As autoridades italianas transferiram hoje o primeiro grupo de imigrantes em situação irregular para os polémicos centros de deportação na Albânia, transformados em estruturas de repatriamento de requerentes de asilo já com ordem de expulsão de Itália.
A inflação na Venezuela fixou-se em 136% em março, em termos anuais, anunciou o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).