Rússia anuncia a retirada dos talibãs da sua lista de grupos terroristas

As autoridades russas anunciaram hoje a retirada dos talibãs da sua lista de organizações terroristas, faltando fazer as alterações legislativas necessárias.

© D.R.

O representante especial da Rússia para o Afeganistão, Zamir Kabulov, declarou que “esta não é uma questão de desejo, mas sim uma decisão tomada pelas autoridades russas que terá de ser materializada no âmbito da legislação”, segundo a agência de notícias russa TASS.

Kabulov explicou que o Governo “tem a obrigação de cumprir a legislação” e manifestou esperar que a decisão se concretize oficialmente “num futuro próximo”.

“Isto exige um trabalho minucioso de advogados, deputados e outros organismos governamentais”, esclareceu.

Moscovo considera que os talibãs estão preparados para “lutar contra o ramo mais poderoso do Estado Islâmico, que continua a receber apoio do ocidente, que utiliza o grupo para levar a cabo as suas ações subversivas e de falsa bandeira” em território russo.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, apelou assim à retirada das sanções internacionais impostas contra o Afeganistão e responsabilizou os países ocidentais pela reconstrução do país. Além disso, apelou à devolução a Cabul dos bens “ilegalmente congelados” pela comunidade internacional.

“Não creio que alguém precise de ser convencido disto”, afirmou o ministro, antes de afirmar que Washington e os seus aliados “estão a minar o renascimento do Estado afegão”, apesar de declararem repetidamente “o seu apoio ao povo” do Afeganistão.

“Os Estados Unidos, que ignoram as críticas que lhe são dirigidas, continuam a congelar os bens afegãos, mantendo as suas sanções”, sublinhou Lavrov.

Últimas do Mundo

O antigo primeiro-ministro malaio Najib Razak foi hoje condenado a 15 anos de prisão por corrupção no fundo de investimento estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB).
A Comissão Europeia aprovou o pedido do Governo português para reprogramar os fundos europeus do PT2030, bem como dos programas operacionais regionais do atual quadro comunitário de apoio.
A autoridade da concorrência italiana aplicou esta terça-feira uma multa de 255,8 milhões de euros à companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair por abuso de posição dominante, considerando que impediu a compra de voos pelas agências de viagens.
A Amazon anunciou ter bloqueado mais de 1.800 candidaturas suspeitas de estarem ligadas à Coreia do Norte, quando crescem acusações de que Pyongyang utiliza profissionais de informática para contornar sanções e financiar o programa de armamento.
Os presumíveis autores do ataque terrorista de 14 de dezembro em Sydney lançaram explosivos que não chegaram a detonar durante o ataque na praia de Bondi, onde morreram 16 pessoas, incluindo um dos agressores, segundo documentos revelados hoje.
Milhares de pessoas traficadas para centros de burlas no Sudeste Asiático sofrem tortura e são forçados a enganar outras em todo o mundo, numa indústria multimilionária de escravidão moderna. À Lusa, sobreviventes e associações testemunharam a violência.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou para o aumento das infeções sexualmente transmissíveis entre jovens, particularmente a gonorreia, e defendeu que a educação sobre esta matéria em contexto escolar é crucial.
A Polícia Judiciária (PJ) está a colaborar com a investigação norte-americana ao homicídio do físico português Nuno Loureiro, estando em contacto com as autoridades e “a prestar todo o suporte necessário às investigações em curso”.
Uma celebração judaica transformou-se num cenário de terror na praia de Bondi, em Sydney. Pai e filho abriram fogo sobre centenas de pessoas, provocando pelo menos 15 mortos e mais de 40 feridos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje que uma em cada dez crianças no mundo vai precisar de ajuda no próximo ano, com o Sudão e Gaza a registarem as piores emergências infantis.