Fogo em Albergaria-a-Velha causou prejuízo de 30 milhões

O incêndio que afetou o concelho de Albergaria-a-Velha em setembro causou um prejuízo de 30 milhões de euros, sem contabilizar o valor económico da área florestal ardida, segundo o levantamento feito por aquela autarquia do distrito de Aveiro.

© LUSA/PAULO CUNHA

De acordo com o mapa de inventariação e valorização de danos e perdas decorrentes de fogos rurais de setembro de 2024, enviado hoje à agência Lusa, o prejuízo total é de 30.224.368,87 euros.

Mais de um terço do total inventariado está relacionado com os prejuízos sofridos pelas atividades económicas (turismo, indústria, comércio e serviços), com 10,4 milhões de euros.

O incêndio em Albergaria, que causou quatro vítimas mortais e 36 feridos, provocou ainda danos em imóveis de habitação no valor total de 8,9 milhões de euros.

Os danos em infraestruturas municipais ascendem a 4,3 milhões de euros e na agricultura foram contabilizados perdas no valor de 2,2 milhões de euros.

O levantamento inclui ainda danos no património cultural no valor de 1,1 milhões de euros e em equipamentos de coletividades, instituições Particulares de Solidariedade Social e entidades religiosas, no valor de 430 mil euros.

As quatro freguesias do concelho totalizam danos no valor global de 207 mil euros.

Estão ainda contabilizadas necessidades de intervenção para estabilização de emergência (incluindo linhas de água) no valor de 2,4 milhões de euros.

O incêndio provocou ainda danos em mais de 100 veículos, com valor por apurar.

O prejuízo apresentado também não inclui as perdas monetárias resultantes dos 8.800 hectares de floresta ardida e onde, segundo a autarquia, será necessário efetuar “uma profunda intervenção de conservação e reabilitação”.

Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram em setembro sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

Últimas do País

O Instituto Nacional de Emergência Médica registou este ano 28 intoxicações por monóxido de carbono, mais 10 do que em todo o ano de 2024, e alertou, esta quinta-feira, para os riscos de braseiras, esquentadores e fogões em locais com pouca ventilação.
A idade da reforma deverá subir para os 66 anos e 11 meses em 2027, um aumento de dois meses face ao valor estabelecido para 2026, segundo os cálculos com base nos dados provisórios divulgados hoje pelo INE.
O número de pedidos para indemnizações por abusos sexuais na Igreja Católica aumentou para 93, disse hoje a coordenadora do Grupo VITA.
O Estado está a ser ultrapassado dentro da sua própria casa: cerca de 300 fogos públicos foram tomados ilegalmente e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) admite não ter mãos a medir. Lisboa lidera o caos, os despejos duplicam e a vigilância é impossível num património espalhado por 493 bairros.
O presidente da associação de médicos tarefeiros, que hoje se reuniu com o Ministério da Saúde, prevê entregar à tutela até ao final do ano as suas propostas para disciplinar a prestação de serviços nos hospitais públicos.
A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) avalia os quase dois anos de expansão das Unidades Locais de Saúde (ULS) como “acidentados” num país onde as assimetrias criaram integração de cuidados “muito diferente nos vários locais”.
Elementos do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto terminaram ao início desta manhã de realizar buscas a “várias residências dos Super Dragões no distrito do Porto, avançou fonte da PSP do Porto.
A Polícia Judiciária está a realizar hoje buscas na Câmara Municipal de Coruche, no distrito de Santarém, confirmou à Lusa a força de segurança, sem revelar mais pormenores sobre a operação.
No último dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2026, a proposta do CHEGA foi aprovada com votos a favor do PSD e CDS-PP, votos contra de PS, PCP, BE, Livre e PAN e abstenção da IL.
O parlamento aprovou hoje duas propostas de alteração do CHEGA sobre a construção de autoestradas, em Coimbra e Castelo Branco, bem como uma iniciativa para o lançamento da obra do IC6 em Seia.