AR não reconhece Edmundo González como vencedor das eleições na Venezuela

O parlamento chumbou hoje o projeto de resolução da IL pelo reconhecimento de Edmundo González como vencedor das eleições presidenciais venezuelanas e aprovou uma recomendação do PSD contra o reconhecimento da vitória de Nicolás Maduro.

© Facebook Maria Corina Machado

O projeto de resolução apresentado pela IL contou com os votos a favor também do CHEGA, abstenções de CDS-PP e PAN e votos contra das bancadas do PSD e do PS, bem como do BE, do PCP e do Livre.

Os deputados do PS Sérgio Sousa Pinto e Isabel Oneto votaram a favor e abstiveram-se Filipe Neto Brandão, do PS, bem como Pedro Coelho, Paula Margarido e Paulo Neves do PSD, divergindo das respetivas bancadas.

A resolução do PSD que recomenda ao Governo que não reconheça Nicolás Maduro como vencedor das eleições na Venezuela foi aprovada com votos a favor de todos os partidos à exceção do PCP, que votou contra.

O projeto dos sociais-democratas pede esforços para garantir a segurança da comunidade portuguesa residente na Venezuela e a defesa, em conjunto com a União Europeia, do “fim das violações de direitos humanos e da perseguição política” no país.

Foi também aprovada uma resolução do CHEGA que recomenda ao Governo que tome medidas para defender a democracia e o Estado de Direito na Venezuela, com votos contra do PCP e abstenções do PS e do Livre.

O parlamento aprovou ainda, com votos contra do PCP e abstenções do PSD e do CDS-PP, um projeto de resolução do BE pelo respeito da vontade do povo venezuelano e do Livre de “apoio à luta pela democracia pela integridade eleitoral na Venezuela”.

O PCP levou a votação uma resolução de solidariedade e respeito pela soberania da Venezuela que mereceu a rejeição de todas as bancadas, à exceção da comunista.

Estes projetos foram debatidos em plenário na última quarta-feira e hoje voltaram a suscitar intervenções dos partidos, através da figura regimental da declaração de voto orais.

Nessa declaração, Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, lamentou que o PSD e o PS não tenham permitido a viabilização da resolução dos liberais, afirmando que as suas posições são uma “traição à História”, dada o histórico dos dois partidos na construção da democracia portuguesa.

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, afirmou que, ao contrário da Iniciativa Liberal, “partidos com responsabilidade de Governo devem saber quando, como e onde se faz o reconhecimento de resultados eleitorais” e sublinhou a “total condenação do regime de Maduro e do que foi provavelmente a grande fraude eleitoral” das últimas presidenciais.

João Paulo Rebelo, do PS, defendeu que os socialistas mantêm uma posição de “coerência inabalável” e disse que seria uma “ingerência inaceitável” ser o parlamento português a querer “decidir quem ganhou as eleições na Venezuela”.

Pelo BE, Joana Mortágua defendeu que a “voz dos venezuelanos foi sequestrada” e que não poderia ser extraído qualquer resultado de uma eleição feita “sem transparência”.

Paula Santos, do PCP, afirmou que alinhar com os projetos apresentados a votação pelos restantes partidos revela “cumplicidade” com o que diz ser “o movimento golpista de direita radical” na Venezuela.

Últimas de Política Nacional

André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.
Os doentes internados e os presos podem inscrever-se para voto antecipado nas eleições presidenciais de 18 de janeiro a partir de segunda-feira, e o voto antecipado em mobilidade pode ser requerido a partir de 04 de janeiro.
O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.