Cerca de 12 mil crianças continuam sem vaga no pré-escolar

Cerca de 12 mil crianças continuam a aguardar uma vaga no pré-escolar, revelou hoje o ministro da Educação, lamentando não ter sido acautelada a transferência das crianças da “Creche Feliz” para o pré-escolar.

© D.R

“Estamos a falar de 12 mil crianças que estão a espera de um lugar no pré-escolar”, afirmou o ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI), Fernando Alexandre, durante a audição sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que está a decorrer no parlamento.

Fernando Alexandre lembrou que a tutela conseguiu em articulação com as autarquias ter mais de 170 salas na rede pública, mas a expansão da rede pública continua a ser um dos eixos do Governo, que já tinha anunciado estar disponível para celebrar acordos com as instituições privadas, “que neste momento tem um papel relativamente reduzido”.

Muitas famílias deparam-se neste momento com a dificuldade em encontrar uma vaga numa escola de pré-escolar, depois de terem conseguido que os seus filhos frequentassem gratuitamente uma creche, através do Programa “Creche Feliz”.

“O problema é por não terem sido acauteladas as vagas que estavam na ‘Creche Feliz’ no momento da transferência para o pré-escolar”, salientou o ministro, acrescentando que já “foram identificadas 80 salas em falta no pré-escolar”.

O Governo anunciou em junho a criação de um grupo de trabalho para desenhar um plano de ação, tendo em conta que na altura faltavam quase 20.000 vagas para que o ensino pré-escolar pudesse receber em setembro todas as crianças então inscritas em creches.

A proposta de OE2025 prevê uma verba de cerca de 706 milhões para a educação pré-escolar, prevendo-se o aumento de mais 170 salas na rede pública de forma a garantir a universalização da educação pré-escolar.

Com aquela verba, o MECI promete também aumentar o apoio financeiro nos setores público e privado, mas também quer desenhar novos contratos com o setor privado.

Durante a audição, Fernando Alexandre lembrou ainda o processo de transferência para as autarquias, garantindo que a Administração Central tem agora “uma responsabilidade acrescida, porque é ao Governo que cabe a responsabilidade de garantir a igualdade de oportunidades a todos”.

O OE2025 prevê uma despesa total consolidada para a área da educação de 7,47 mil milhões de euros, ou seja, mais 6,8% do que no ano passado.

Últimas do País

A ULS Amadora-Sintra abriu um inquérito interno ao caso divulgado pela Polícia Judiciária de um alegado abuso sexual de uma utente no Hospital Fernando Fonseca, envolvendo dois internados, anunciou hoje a instituição.
As infeções respiratórias graves continuam a aumentar em Portugal, sobretudo em idosos e crianças, com aumento de casos de gripe nos cuidados intensivos na semana passada e excesso de mortalidade por todas as causas, revelou hoje o INSA.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 19 pessoas que conduziam com excesso de álcool no sangue, durante o primeiro dia da operação Natal e Ano Novo 2025/2026, que arrancou na quinta-feira e e que já regista um morto.
O bacalhau deverá ficar mais caro já no próximo ano, face à redução de quotas no Mar de Barents e ao contexto internacional, segundo as estimativas da Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB).
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 84 pessoas no primeiro dia da operação Polícia Sempre Presente – Festas em Segurança 2025-2026, entre elas 15 por condução em estado de embriaguez e 12 por conduzirem sem carta.
Quatro serviços de urgência hospitalares de Ginecologia e Obstetrícia vão estar encerrados no sábado, subindo para cinco no domingo, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde.
O CHEGA elegeu nas últimas eleições autárquicas 13 presidentes de junta. Se um dos temas da campanha foi a ‘imigração’, a ‘passagem de atestados de residência sem qualquer controlo’ foi o tema e uma das grandes bandeiras dos autarcas do CHEGA.
Felicidade Vital, deputada do CHEGA, acusa o Governo de promover um verdadeiro retrocesso nos direitos das mulheres através do novo pacote laboral. A deputada alerta que o diploma fragiliza vínculos, alarga horários e facilita despedimentos num mercado onde “as mulheres já concentram os salários mais baixos e os contratos mais instáveis”, classificando a reforma como um ataque direto à maternidade, à conciliação entre vida profissional e familiar e à autonomia feminina.
A Linha SNS 24 atendeu desde o início de dezembro cerca de 307 mil chamadas, um aumento de 17% face ao mesmo período do ano passado, e o tempo médio de espera foi de 10 minutos.
A estrutura de missão da Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA), criada para regularizar processos em atraso, termina no final do ano com um saldo positivo de 62 milhões de euros.