Estados Unidos anunciam possível acordo de cessar-fogo entre Israel e Líbano

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, advertiu hoje que Israel irá reagir com força a qualquer violação de um cessar-fogo no Líbano que venha a ser acordado.

© Facebook de Israel Katz

“Se não agirem, nós agiremos, e com força”, disse Katz, citado num comunicado do ministério, durante uma reunião em Telavive com a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert.

Katz avisou que “qualquer casa reconstruída no sul do Líbano que sirva de base terrorista será destruída”, segundo a agência francesa AFP.

“Qualquer rearmamento ou preparação para atividades terroristas será alvo de ataque, qualquer tentativa de transferência de armas será frustrada e qualquer ameaça contra as nossas forças ou cidadãos será imediatamente eliminada”, afirmou.

Katz garantiu ainda que Israel vai observar “uma política de tolerância zero” em relação a qualquer violação do acordo.

A declaração de Katz antecipa uma reunião do gabinete de segurança israelita sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e a milícia libanesa Hezbollah, que os Estados Unidos anunciaram estar próximo.

A reunião vai realizar-se hoje à tarde, segundo anunciou a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros israelita, Sharren Haskel.

“O gabinete [de segurança] vai reunir-se esta tarde para discutir este acordo”, disse Haskel numa conferência de imprensa em Jerusalém, citada pela AFP.

Haskel recusou-se a entrar em detalhes do texto “dada a natureza sensível da questão”.

“Deve haver (…) uma discussão, uma decisão. Também poderá haver uma votação”, disse Haskel, sugerindo que os membros do gabinete ainda não estavam todos cientes do conteúdo do acordo.

“Os membros do gabinete conhecem alguns detalhes e precisam de entrar em mais detalhes esta tarde”, acrescentou.

De acordo com o ‘site’ de notícias norte-americano Axios, o acordo de cessar-fogo baseia-se numa proposta dos Estados Unidos que prevê uma trégua de 60 dias.

Durante esse período, o Hezbollah e o exército israelita retirar-se-ão do sul do Líbano para deixar o exército libanês destacado na região.

A proposta inclui a criação de um comité internacional para monitorizar a aplicação do acordo, acrescentou o portal de notícias.

Segundo a mesma fonte, os Estados Unidos teriam dado garantias de apoio à ação militar israelita no caso de atos hostis por parte do Hezbollah.

O conflito foi desencadeado por um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel em outubro de 2023, que levou a uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza e, mais recentemente, no sul do Líbano para tentar neutralizar o Hezbollah.

Últimas de Política Internacional

O Ministério das Finanças da África do Sul prepara-se para baixar o nível a partir do qual considera que um contribuinte é milionário, com o objetivo de aumentar a receita fiscal no país africano mais industrializado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou hoje que a Rússia se prepara para lançar uma nova ofensiva em grande escala na Ucrânia, de acordo com os meios de comunicação locais.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca convocou hoje o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos devido a alegadas tentativas norte-americanas de interferência junto da opinião pública da Gronelândia.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, afirmou hoje que o Governo iraniano está por trás de ataques antisemitas no país contra a comunidade judaica e anunciou a expulsão do embaixador iraniano em Camberra.
Trump disse que vários países europeus já mostraram disponibilidade para enviar militares para a Ucrânia, como tal "não será um problema" responder às garantias de segurança exigidas pelo homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu hoje uma frente unida entre europeus e ucranianos em defesa de uma paz que não represente a capitulação da Ucrânia, na véspera da reunião com Donald Trump, na Casa Branca.
O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, disse hoje que Putin concordou, na cimeira com Donald Trump, que sejam dadas à Ucrânia garantias de segurança semelhantes ao mandato de defesa coletiva da NATO.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que discutiu formas de terminar a guerra na Ucrânia "de forma justa", na cimeira com o homólogo norte-americano, Donald Trump, na sexta-feira, defendendo a “eliminação das causas iniciais”.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que “todos” preferem ir “diretamente para um acordo de paz” e não “um mero acordo de cessar-fogo” para acabar com a “terrível guerra” na Ucrânia.
O futuro da Ucrânia passa hoje pelo Alasca, uma antiga colónia russa onde os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia se vão reunir sem a participação do país invadido por Moscovo.