O Primeiro-Ministro afirmou duvidar que o crescimento nas estatísticas signifique um aumento efetivo na criminalidade associada à violência doméstica, argumentando que, nos últimos anos, “muita coisa saiu do armário onde estava escondida”.
Estas declarações provocaram críticas de vários quadrantes políticos, tanto à direita como à esquerda, questionando a sensibilidade e adequação das palavras do Chefe do Executivo depois de a ONU divulgar dados alarmantes: no ano passado, 85 mil mulheres e raparigas foram intencionalmente assassinadas em todo o mundo.
Este cenário acontece poucos dias depois de o partido CHEGA ter conseguido, a 22 de novembro, aprovar por unanimidade uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
A proposta, votada na especialidade, pretende reforçar a capacitação contínua das forças de segurança e dos profissionais do sistema judicial, visando melhorar a resposta institucional aos casos de violência doméstica e de género.