Bebés de mães portuguesas são já minoria em alguns concelhos

Em 2023, os municípios de Sintra, Amadora e Odivelas, que constam no top 10 dos concelhos mais férteis do país, registaram mais nascimentos de bebés nascidos de mães de naturalidade estrangeira do que de mães portuguesas. Este fenómeno também se verificou em Odemira, no Alentejo Litoral, e em Aljezur e Albufeira, no Algarve.

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No ano passado, Sintra registou 52,1% de nascimentos de mães estrangeiras, enquanto a Amadora liderou com 56,2%, seguida de Odivelas com 50,6%. Percentualmente, Aljezur foi o município com maior proporção, com 64,6%, seguido de Odemira (63,3%) e Albufeira (63,0%).

Os dados são do jornal online PÁGINA UM, com base na análise do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que revelam uma tendência crescente desde 2011, com um aumento significativo de concelhos, onde mais de metade dos nascimentos são de mães estrangeiras. Inicialmente restrita a municípios de menor dimensão, realidade que passou a abranger, desde 2020, a concelhos de média e grande dimensão.

Estes números refletem o aumento da imigração observado nos últimos anos, especialmente na Área Metropolitana de Lisboa.

Entre 2011 e 2018, a percentagem de nascimentos provenientes de mães estrangeiras variou entre 16% e 19%, tendo atingido os 20% em 2019, ou seja, um em cada cinco nascimentos. Mas em 2022 e 2023 registaram-se saltos significativos, com os municípios da Grande Lisboa e Península de Setúbal a concentrar, no ano passado, 51,6% dos nascimentos de bebés estrangeiros.

A partir destes dados pode-se concluir que a escalada de imigração em Portugal, sentida nos últimos anos, especialmente na Área Metropolitana de Lisboa, reflete um sinal de substituição populacional, com a crescente presença de estrangeiros a moldar a demografia de várias regiões do país.

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