As segundas jornadas do partido nesta legislatura, que arrancou em março, começam ao início da tarde e serão dedicadas ao tema: “Corrupção: Prevenção e dissuasão”.
O programa é preenchido por três painéis com vários oradores, que vão decorrer num hotel de Coimbra. Na terça-feira à tarde, já após o final dos debates, está prevista uma visita ao Instituto Politécnico de Leiria.
No mesmo dia, mas antes, Pedro Santana Lopes, atual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, intervém no último painel das jornadas, juntamente com o antigo ministro do seu Governo Rui Gomes da Silva e com o líder do CHEGA, André Ventura.
O primeiro painel de hoje será moderado pela deputada Cristina Rodrigues e conta com a intervenção de Ricardo Martins, da Ordem dos Advogados, do bastonário da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução, Paulo Teixeira, do presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira, Nuno Barroso, e do deputado Gabriel Mithá Ribeiro.
O segundo painel desta tarde terá intervenções de Leonel Frazão, do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Marçal, do Sindicato dos Funcionários Judiciais, da assessora jurídica Mariana Moura e do deputado Henrique de Freitas.
“Aquilo que nós queremos nestas jornadas parlamentares, porque é um tema que nos é muito caro e é um tema que o CHEGA tem, desde a sua essência, falado bastante, é alertar para a corrupção que existe em Portugal”, afirmou o líder parlamentar.
Em declarações aos jornalistas, Pedro Pinto indicou que durante os vários momentos de debate serão abordadas formas de “prevenir e dissuadir a corrupção” e como se pode “ir mais além”.
O deputado acusou o Governo de não ter “muita vontade” de abordar este tema.
“Temos um Governo de direita em Portugal, temos um Governo que supostamente diz que o combate à corrupção é importante, apesar de, em sede do Orçamento do Estado não termos visto muito isso e, por isso, é importante trazer este tema de volta à atualidade”, defendeu.
Pedro Pinto referiu que estas jornadas servirão para ouvir os convidados e “tirar ideias para apresentar propostas no futuro”.
“São convidados que aceitaram o nosso convite, vivemos num país livre e democrático, e aceitaram porque nós somos um partido em fase de ascensão, em fase de crescimento”, defendeu.
Questionado se o convite a Santana Lopes pode ser lido como uma ligação às eleições presidenciais de 2026, o líder parlamentar recusou, indicando que o CHEGA está focado nas autárquicas que decorrem no próximo ano e que ainda “não é o momento de falar de presidenciais”.
Mas referiu que, nessa corrida, o partido poderá indicar um candidato ou apoiar alguém que se apresente.
Pedro Pinto considerou que Santana “tem sido sempre um bom autarca” e é um nome “reconhecido pela população”, e admitiu que o CHEGA poderá apoiar a sua recandidatura, indicando que o autarca, que se candidatou como independente, “será sempre um nome em cima da mesa” e que “não é um nome que seja de descurar”.
“A estrutura do CHEGA está a trabalhar bem na Figueira da Foz. Temos uma estrutura muito sólida na Figueira, estamos a trabalhar bem, estamos à procura dos melhores nomes para isso também. Neste momento não há conversa nenhuma com o doutor Pedro Santana Lopes para ser apoiado pelo CHEGA , mas no futuro não se sabe”, afirmou.
Os deputados do CHEGA reuniram-se em jornadas parlamentares no início de setembro, no distrito de Castelo Branco.