Ministro germânico admite envio de soldados alemães para zona desmilitarizada

O ministro alemão da Defesa mostrou hoje abertura ao envio de soldados alemães para a Ucrânia, caso fosse criada uma zona desmilitarizada para garantir o cumprimento de um hipotético cessar-fogo com a Rússia.

© Facebook da NATO

“Somos o maior parceiro da NATO na Europa. É óbvio que vamos desempenhar um papel e que teremos de assumir a responsabilidade por ele”, disse Boris Pistorius, numa entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung, quando questionado sobre a possibilidade de enviar tropas alemãs para ajudar a garantir uma zona tampão entre os dois beligerantes.

A questão “será discutida quando chegar a altura”, disse o ministro social-democrata.

O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse na segunda-feira, prometeu, durante a sua campanha eleitoral, acabar com o conflito entre a Ucrânia e a Rússia em menos de 24 horas. Desde então, deu a si próprio mais tempo, mas as conversações poderão começar em breve, graças, nomeadamente, a um encontro entre Trump e o Presidente russo Vladimir Putin.

No entanto, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, avisou na segunda-feira que a Ucrânia não está numa posição suficientemente forte para iniciar negociações de paz com a Rússia.

Embora Boris Pistorius admita que “a Rússia ocupa cerca de 18 ou 19%” do território ucraniano, “não obteve mais” em quase três anos de guerra, apesar das “elevadas perdas do seu próprio exército”, sublinha.

Numa reunião recente dos países que apoiam a Ucrânia, os Estados Unidos afirmaram que Moscovo estava a perder quase 1.500 homens por dia, em novembro.

Questionado sobre o esforço exigido a Berlim no âmbito da NATO, Boris Pistorius considera que “em caso de dúvida, deveríamos falar de 3% e não de 2%”, o atual orçamento da defesa em percentagem do PIB.

Últimas do Mundo

O emblemático Arco do Triunfo, em Paris, símbolo das vitórias do exército francês, realizou hoje uma emotiva e inédita cerimónia em homenagem aos soldados do Corpo Expedicionário Português (CEP) da 1.ª Guerra Mundial, reunindo diferentes gerações.
Os ataques israelitas a Gaza nas últimas 48 horas fizeram mais de 90 mortos, adiantou o Ministério da Saúde do enclave palestiniano, com Israel a intensificar a investida para pressionar o Hamas a libertar os reféns e desarmar.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou às suas tropas que observem um cessar-fogo na Ucrânia na Páscoa, a partir das 15:00 (hora de Lisboa) de hoje até domingo à noite, e instou Kiev a fazer o mesmo.
Os aviões Boeing 737 Max recusados por companhias aéreas chinesas já começaram a voar de regresso aos Estados Unidos, num momento em que se agrava a guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais.
O Presidente norte-americano, Donald Trump anunciou esta sexta-feira estar em curso uma revisão profunda do sistema da função pública, que lhe dará poder para contratar e despedir diretamente até 50.000 empregos reservados a funcionários federais de carreira.
A polícia antiterrorismo italiana anunciou hoje a detenção de um cidadão tunisino suspeito de ter ligações ao grupo Estado Islâmico (EI) e que, segundo as autoridades, planeava um atentado em Itália.
Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas num tiroteio na Universidade da Florida e o atirador, já detido, é um estudante da universidade, segundo o chefe da polícia da universidade, Jason Trumbower.
A polícia turca deteve 525 suspeitos de tráfico de droga durante a madrugada de hoje em Ancara, no que o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, disse ser a "maior operação de narcóticos" realizada na Turquia.
Um adolescente sueco foi acusado na Austrália de utilizar aplicações (app) de comunicação encriptadas para facilitar assassinatos por encomenda na Suécia e na Dinamarca, anunciaram hoje as polícias dos três países.
O Tribunal Supremo do Reino Unido decidiu hoje que a definição de mulher na legislação britânica sobre a igualdade de género deve ser baseada no sexo biológico, excluindo mulheres transgénero.