Denúncia anónima acusa assessor da Câmara de Lisboa de abuso sexual de menores

De acordo com o CM, as suspeitas remontam a julho de 2023, altura em que Tiago Abreu teria tido, alegadamente, conversas através da rede social Instagram com uma mulher (‘Dália’), de forma a ter relações sexuais com a filha menor dela.

© D.R.

Um assessor da Câmara de Lisboa está a ser acusado de abuso sexual de menores e de ser “cobardemente protegido pelo sistema.” A acusação foi feita através de uma carta anónima, enviada para vários gabinetes da Câmara de Lisboa, segundo avança o Correio da Manhã (CM) esta segunda-feira.

Em anexo à denúncia seguia um mandado de busca para a casa de Tiago Abreu, o assessor do vereador Filipe Anacoreta Correia (CDS) visado nestas alegações.

De acordo com o CM, as suspeitas remontam a julho de 2023, altura em que Tiago Abreu teria tido, alegadamente, conversas através da rede social Instagram com uma mulher (‘Dália’), de forma a ter relações sexuais com a filha menor dela.

Foi com base nesta denúncia que a Polícia Judiciária (PJ) fez buscas à casa do assessor a 13 de maio, que tinham como alvo material informático, tendo sido levado o seu telemóvel para perícias. O CM sabe que a Judiciária enviou uma proposta de acusação para o Ministério Público.

“Não foi encontrado nenhum indício de crime” e a denúncia “não tem fundamento”, declarou Tiago Abreu ao CM, salientando: “Não fui acusado de coisa nenhuma pelo Ministério Público.” Confirmou que foi, de facto, alvo de buscas em maio, tendo sido constituído arguido e aplicada a medida de coação mais leve.

Passados oito meses desde as buscas, Abreu lamentou não ter sido “presente a qualquer juiz”, tendo apenas sido “ouvido a meu pedido pelo Ministério Público”.

Tiago Abreu é assessor político há vários anos no gabinete do vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia. Foi dirigente nacional do CDS e candidato à Câmara de Borba em 2021. Em 2013 fez o mesmo em Elvas, numa coligação com o PSD, tendo chegado a vereador nesta autarquia alentejana.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA, André Ventura, lançou críticas ao Governo durante o debate do Orçamento do Estado para 2026, acusando PS e PSD de “irem ao bolso dos portugueses” e de manterem “os privilégios dos políticos”. O líder da oposição falou em “favela nacional”, denunciou o aumento dos impostos e prometeu “limpar o país”.
O CHEGA/Açores exigiu explicações ao Governo Regional sobre a nova 'Taxa de Raio-X' da SATA, que impõe 0,11 euros por quilo no transporte de carga interilhas. O partido alerta que a medida prejudica pescadores e comerciantes, já em dificuldades.
O PSD e o CHEGA alcançaram um acordo que viabiliza a aprovação de uma nova Lei da Nacionalidade, após várias cedências de parte a parte durante as negociações.
O gesto ocorreu após o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter desmentido o líder parlamentar, Pedro Pinto, sobre a falta de apoio às forças de segurança, provocando indignação entre os profissionais que se sentiram desvalorizados pelo Governo.
André Ventura voltou a apontar o dedo ao primeiro-ministro, questionando se “vive no mesmo país que os portugueses”. O líder do CHEGA criticou o Governo pelo aumento dos combustíveis e pelo estado do SNS, acusando Montenegro de “sacar dinheiro em impostos”.
O candidato presidencial André Ventura, também líder do CHEGA, disse hoje estar confiante que vai vencer as eleições à primeira volta e afirmou ser “a mão firme que o país precisa”.
André Ventura acusou hoje o seu adversário Gouveia e Melo de andar aos ziguezagues e de se colar ao PS e ao BE, ao refutar as críticas de que o seu partido é uma ameaça para a democracia.
O Ministério Público (MP) continua a investigar o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, no âmbito do processo sobre um alegado esquema de financiamento ilegal do PSD.
O cabo do elevador da Glória, em Lisboa, que não respeitava especificações exigidas, era usado desde 2022, segundo o relatório do preliminar do GPIAAF, que altera a informação inicial de que era utilizado “há cerca de seis anos”.
A Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais aprovou hoje, na especialidade, a sanção de perda de nacionalidade, que será introduzida no Código Penal.