Bloco de Esquerda acusado de despedir cinco mulheres após a maternidade

O Bloco de Esquerda está envolvido numa polémica por ter despedido cinco mulheres pouco tempo depois de terem sido mães, entre 2022 e 2024, conforme avançou a revista Sábado.

©Facebook/mariana.mortagua.

Entre as despedidas estavam duas trabalhadoras que desempenhavam funções no Parlamento Europeu e outras duas que geriam redes sociais do partido. Estas mulheres tinham filhos de apenas 2 e 9 meses e ainda estavam a amamentar. Um quinto caso envolveu uma funcionária com um filho de 11 meses.

Os despedimentos terão ocorrido sem o parecer prévio da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), obrigatório em situações deste tipo.

O caso ganhou ainda mais repercussão após o testemunho de Érica Postiço, uma das trabalhadoras afetadas. Através da rede social X (antigo Twitter), Érica revelou que foi despedida em 2022, por telefone, quando tinha uma filha de 9 meses, enquanto trabalhava na sede nacional do partido.

“Eu sou a trabalhadora com uma filha de nove meses despedida pelo Bloco de Esquerda em 2022. Fui despedida por telefone enquanto estava a trabalhar na sede nacional”, escreveu.

 

 

A ex-funcionária explicou ainda que lhe foi apresentado um “falso contrato de trabalho a termo”, válido apenas até ao final de 2022. Apesar das suas reservas, acabou por assiná-lo, mas confessou arrependimento: “Arrependo-me até hoje, mas a verdade é que assinei quando queria ir para o Tribunal de Trabalho. Também eu fui hipócrita.”

As denúncias geraram fortes críticas contra o Bloco de Esquerda, um partido que se apresenta como defensor dos direitos das mulheres, as acusações de hipocrisia têm ecoado até entre os seus próprios militantes.

“Das feministas do Bloco não ouvi uma palavra de solidariedade”, lamentou Érica, referindo-se à falta de apoio interno.

O caso tem sido acompanhado por denúncias adicionais de alegados despedimentos ilícitos no partido, segundo apurou o jornal Expresso.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu hoje que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça "por razões técnicas diversas".
Com uma carreira dedicada à medicina e ao Serviço Nacional de Saúde, o Prof. Horácio Costa traz agora a sua experiência para a política. Médico desde 1978, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, fundador do único serviço europeu com três acreditações EBOPRAS e professor catedrático, Costa assume o papel de ministro-sombra da Saúde pelo CHEGA com a mesma dedicação que sempre marcou a sua carreira. Nesta entrevista ao Folha Nacional, o Prof. Horácio Costa fala sobre os principais desafios do SNS, a falta de profissionais de saúde, a reorganização das urgências e a valorização dos trabalhadores.
A conferência de líderes marcou hoje para 19 de dezembro as eleições dos cinco membros do Conselho de Estado, três juízes do Tribunal Constitucional e do Provedor de Justiça, sendo as candidaturas apresentadas até 12 de dezembro.
O grupo parlamentar do CHEGA/Açores enviou hoje um requerimento à Assembleia Legislativa Regional a pedir esclarecimentos ao Governo dos Açores na sequência da anunciada saída da Ryanair da região.
A Comissão de Assuntos Constitucionais chumbou a iniciativa do CHEGA para impedir financiamento público a mesquitas, classificando-a de inconstitucional. Ventura reagiu e avisa que Portugal “está a fechar os olhos ao radicalismo islâmico até ser tarde demais”.
O ex-presidente da Câmara de Vila Real Rui Santos está acusado pelo Ministério Público (MP) de prevaricação, num processo que envolve mais cinco arguidos e outros crimes como participação económica em negócio e falsas declarações.
André Ventura disparou contra PS e Governo, acusando-os de manter um Orçamento “incompetente” que continua a “sacar impostos” aos portugueses. O líder do CHEGA promete acabar com portagens, subir pensões e travar financiamentos que considera “absurdos”.
O Parlamento começa esta quinta-feira a debater e votar o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) na especialidade, numa maratona que se prolonga por cinco dias e culmina com a votação final global a 27 de novembro.