Arábia Saudita executa 41 pessoas em janeiro sobretudo por crimes de droga

As autoridades da Arábia Saudita executaram 41 pessoas em janeiro deste ano, metade das quais por crimes relacionados com drogas, anunciou hoje a Organização Europeia-Saudita para os Direitos Humanos (ESOHR, na sigla inglesa).

© D.R.

Segundo a organização não-governamental (ONG), trata-se de “um início de ano sangrento, continuando a tendência recorde” de execuções em 2024, quando foram executadas 345 pessoas, o número mais elevado desde que há registos no país.

A ONG afirmou que as acusações pelas quais mais de metade das pessoas foram executadas “não se encontram entre as mais graves à luz do direito internacional”, sendo na maioria tráfico de droga e crimes com motivações políticas.

Em janeiro, foram efetuadas “duas execuções em massa de 13 pessoas por acusações relacionadas com haxixe”, perfazendo um total de 20 pessoas executadas por tráfico de droga, disse a organização, citada pela agência espanhola EFE.

Houve duas execuções por questões políticas, mas o resto das acusações são desconhecidas “devido ao secretismo” do Ministério do Interior saudita, denunciou a ONG.

O ESHOR referiu que 2025 começou com a execução em massa de seis cidadãos iranianos por “contrabando de haxixe”, o que motivou um protesto de Teerão.

As autoridades iranianas convocaram na altura o embaixador saudita em Teerão para transmitir a Riade que as execuções eram “incompatíveis com a trajetória geral da cooperação judicial entre o Irão e a Arábia Saudita”.

Além dos seis iranianos, também foram executados em janeiro 28 sauditas, três jordanos, dois egípcios, um sudanês e um paquistanês, sendo Meca a região onde ocorreram mais execuções.

Os novos números contrastam com as repetidas promessas do reino árabe de limitar a pena capital.

A Amnistia Internacional acusou a Arábia Saudita de ter aumentado as execuções em violação das leis internacionais sobre julgamentos justos e garantias para os réus.

Últimas do Mundo

O grupo islamita Hamas encorajou Israel a iniciar "sem demoras" a segunda fase das negociações do cessar-fogo, após a libertação hoje de mais três reféns israelitas que estavam na Faixa de Gaza.
O secretário geral das Nações Unidas disse hoje na União Africana que a soberania e integridade territorial da República Democrática do Congo (RD Congo) deve ser respeitada, apelando ao diálogo para evitar uma escalada regional.
As autoridades de Israel confirmaram ter recebido hoje três israelitas mantidos como reféns na Faixa de Gaza, depois de o Hamas os ter entregado à Cruz Vermelha em troca de mais de 300 prisioneiros palestinianos detidos nas prisões israelitas.
O perfil dos refugiados venezuelanos que chegam ao Brasil mudou após a reeleição de Nicolás Maduro, com mais pessoas vulneráveis a fugir de perseguição política, afirmou à Lusa o representante do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
O político moçambicano Venâncio Mondlane considerou hoje que o partido que quer fundar será um “movimento único” e afirmou que a criação da força política está a “passos avançados” para ser a “melhor alternativa” de Governo em Moçambique.
As autoridades alemãs atribuíram hoje “orientação islâmica” e “motivação religiosa” ao alegado autor do atropelamento, na quinta-feira, de um grupo de pessoas em Munique, que resultou em 36 feridos.
O Papa Francisco foi hoje internado no hospital italiano Agostino Gemelli para ser submetido a exames de diagnóstico e continuar o tratamento para a bronquite, afirmou o Vaticano.
A popular rede social TikTok está novamente disponível para descarregamento nos Estados Unidos, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter mostrado flexibilidade face a uma proibição que ameaça encerrar a plataforma no país.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje para se desconfiar da verdadeira intenção do homólogo russo, Vladimir Putin, de pôr fim à guerra na Ucrânia, após conversar com o Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre realizar negociações de paz.
A Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, ameaçou hoje processar a empresa Google, que detém 90% do mercado de pesquisa ‘online’, por ter mudado o nome do Golfo do México para “Golfo da América”, a pedido do Presidente norte-americano, Donald Trump.