Santander recebeu 2.500 pedidos de crédito ao abrigo da garantia pública

O Santander Totta recebeu 2.500 pedidos de empréstimos à habitação ao abrigo da garantia pública, para um total de crédito concedido de cerca de 500 milhões de euros, cerca de 30% da quota que lhe foi concedida pelo Estado.

© Santander

“Num mês fomos até 30% daquilo que é o montante que nós poderemos conceder até finais de dezembro do próximo ano. Claramente está a ter aqui um sucesso e uma grande adesão pelos jovens abaixo de 35 anos”, disse o administrador Miguel Belo de Carvalho, em conferência de imprensa de apresentação de resultados.

Na conferência de imprensa, em Lisboa, o administrador sublinhou que entre 30% a 35% da produção normal do Santander “já é para jovens abaixo de 35 anos”.

“No ano passado concedemos, fizemos, contratamos créditos à habitação para mais de 11.000 jovens abaixo dos 35 anos”, acrescentou.

No primeiro mês do ano, o Santander escriturou 40 milhões de euros em crédito à habitação ao abrigo da garantia, que representou cerca de 10% da produção, enquanto os pedidos ao abrigo deste programa do Governo representam cerca de 20% do total.

Nesse sentido, o administrador assinalou que “é normal” que a produção de crédito à habitação vá, ao longo dos meses, convergindo de 10% para cerca de 20% ao longo do ano.

O administrador saudou o programa, que considerou fazer “todo o sentido, do ponto de vista político”.

Segundo Miguel Belo de Carvalho, os contratos ao abrigo da garantia foram feitos por jovens com uma idade média de 29 anos e a maturidade média dos contratos estendeu-se em 38 anos e meio. A taxa de aprovação é de “praticamente 90%”, o que faz com que todas as recomendações macroprudenciais estejam “a ser totalmente cumpridas”.

Já o presidente da Comissão Executiva do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, além do incentivo à procura, defendeu a necessidade da criação de incentivos para o lado da oferta.

“Poder haver este incentivo — já retiraram também o pagamento do IMT [Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis] para jovens –, até podem dar incentivo a taxas de juro, mas o que tem de ser resolvido é do lado da oferta”, disse Pedro Castro e Almeida, considerando que “está a faltar esse espaço de discussão”.

A garantia pública para o crédito à habitação a jovens até 35 anos (inclusive) aplica-se a contratos assinados até final de 2026 e permite ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação.

Na prática, e conjugando esta garantia com as regras para a concessão de crédito à habitação, a medida permite que os jovens consigam obter 100% do valor da avaliação da casa, em vez dos 90% de limite que vigoram para a generalidade dos clientes.

O Governo definiu o montante máximo da garantia pública em 1.200 milhões de euros, sendo distribuída uma quota a cada banco, mas abriu a possibilidade de esse valor ser reforçado se os bancos o esgotarem e se pedirem esse reforço.

Pode beneficiar desta garantia no crédito à habitação quem tenha entre 18 e 35 anos de idade (inclusive) e que esteja a comprar a primeira de habitação própria permanente cujo valor não exceda 450 mil euros. Os beneficiários não podem ser proprietários de prédio urbano ou fração de prédio urbano e não podem ter rendimentos superiores aos do oitavo escalão do IRS (cerca de 81 mil euros de rendimento coletável anual).

Apesar da garantia pública no crédito à habitação, segundo vários especialistas dos setores bancário e imobiliário, o problema é que mesmo com a garantia muitos jovens não têm rendimento suficiente e não conseguem cumprir critérios para aceder ao crédito para comprar casa.

Últimas do País

Dois acordãos do Supremo Tribunal Administrativo (STA) consideram que as torres são "parte componente" dos aerogeradores e devem ser incluídas "na avaliação do prédio urbano industrial (parque eólico) para efeitos de IMI", dando razão a recursos da Autoridade Tributária (AT).
A Ordem dos Médicos (OM) decidiu hoje enviar para o Conselho Disciplinar o relatório sobre as cirurgias adicionais realizadas pelo dermatologista do Hospital de Santa Maria que recebeu mais de 700 mil euros em três anos.
O primeiro dia de greve dos Sapadores Bombeiros de Lisboa registou uma adesão entre os 85% e os 90%, disse à Lusa o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP), lamentando a falta de respostas do município.
A Medialivre, dona da CMTV e da Now, admite avançar com uma ação judicial para que se cumpra a deliberação da entidade reguladora que defende o alargamento dos debates das presidenciais a todos os canais.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou 102 ocorrências, ainda atribuídas à depressão Claudia, entre as 00:00 e as 08:00 de hoje, maioritariamente na Grande Lisboa, e sem provocarem vítimas, segundo fonte oficial.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) começou hoje uma operação geral de fiscalização dos veículos automóveis pesados de transporte de mercadorias e de passageiros, que se vai estender até domingo, anunciou a própria força, em comunicado.
Os cerca de participantes no 14.º Congresso da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) aprovaram hoje por unanimidade uma moção de adesão à greve geral de 11 de dezembro, convocada contra o pacote laboral do Governo.
Os bombeiros decidiram hoje avançar com protestos, como a recusa de realizar altas hospitalares durante algumas horas, marchas lentas e deslocação mensal de viaturas ao parlamento, face à ausência de respostas governamentais às reivindicações do setor.
Os mais de 125.000 acidentes rodoviários registados este ano provocaram 379 mortos, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a propósito do dia mundial em memória das vítimas da estrada, que hoje se assinala.
O presidente da Liga do dos Bombeiros Portugueses (LBP) foi reconduzido no cargo para o quadriénio 2026-2029 com 79% dos votos dos participantes no 45.º Congresso Nacional, segundo os resultados hoje divulgados.