Hamas acusa Israel de adiar negociações para segunda fase das tréguas em Gaza

O grupo islamita Hamas denunciou hoje que Israel ainda não iniciou negociações para a segunda fase das tréguas em Gaza, que significaria o fim definitivo da guerra, avisando ser uma “grave violação” ao acordado no atual acordo de cessar-fogo.

©Facebook Israel Reports

“O que posso dizer com certeza é que as negociações não começaram até agora. Esta é uma violação muito grave que mostra as más intenções [de Israel] em relação ao futuro do acordo”, disse Basem Naim, membro do bureau político do Hamas, à Efe.

Segundo o estipulado no atual acordo de cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro e graças ao qual foram libertados 24 reféns de Gaza – incluindo cinco tailandeses – as negociações sobre a segunda fase do acordo deveriam ter começado em 03 de fevereiro.

Só nesta fase, serão libertados cerca de 50 reféns, incluindo soldados, mas também homens com mais de 19 anos e menos de 50, de acordo com o que foi assinado.

Além disso, Israel deve comprometer-se a pôr um fim definitivo à guerra, algo a que se opõe o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que defende uma “vitória total” contra o Hamas.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, chegou a Israel no sábado à noite, numa tentativa de fazer alguns progressos para a aplicação da segunda fase do acordo e deverá reunir-se hoje com Netanyahu.

No entanto, há várias indicações de que o líder israelita se opõe a uma segunda fase do acordo.

De acordo com a rádio pública israelita Kan, que contactou, no sábado à noite, altos funcionários da defesa e vários ministros, Netanyahu recusou-se a aprovar a entrega de casas pré-fabricadas e equipamento pesado para desmantelamento na Faixa de Gaza.

O acordo prevê a entrega de pelo menos 60.000 casas móveis na Faixa de Gaza, bem como cerca de 200.000 tendas e outros equipamentos para fornecer abrigos temporários na primeira fase do acordo, o que também não aconteceu.

Segundo a imprensa hebraica, Netanyahu quer prolongar de alguma forma a primeira fase do acordo, e continuar com a libertação dos reféns, sem ter de se comprometer com as cláusulas previstas na segunda fase.

Dados do Ministério da Saúde de Gaza revelam que o número de mortos na ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza atingiu hoje os 48.271 neste domingo.

Nas últimas 24 horas foram registados mais sete mortos, refere o ministério, adiantado que seis dos sete corpos foram recuperadas dos escombros do enclave. Uma pessoa foi morta por fogo israelita no último dia, apesar do cessar-fogo em vigor.

Além disso, cinco pessoas ficaram feridas, elevando o número de feridos desde o início da ofensiva em outubro de 2023 para 111.693.

Hoje, três polícias de Gaza foram mortos num ataque aéreo israelita em Rafah, no extremo sul do enclave, segundo as autoridades do Hamas.

O exército israelita confirmou o ataque, afirmando que visava um grupo de “indivíduos armados” que se dirigiam para as tropas estacionadas no sul da Faixa de Gaza, ao longo da fronteira com o Egito.

Pelo menos 40 pessoas foram mortas em Gaza por fogo israelita desde a entrada em vigor do cessar-fogo, a 19 de janeiro, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.

Últimas do Mundo

A ação, hoje anunciada pela Europol, decorreu na quinta-feira, no âmbito do Dia da Referenciação, e abrangeu Portugal, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Reino Unido.
Os Estados Unidos anunciaram hoje a chegada ao mar das Caraíbas do seu porta-aviões USS Gerald Ford, oficialmente no âmbito de operações de combate ao narcotráfico, mas que ocorre em plena escalada das tensões com a Venezuela.
Milhares de filipinos reuniram-se hoje em Manila para iniciar uma manifestação de três dias anticorrupção, enquanto a Justiça investiga um alegado desvio de milhões de dólares destinados a infraestruturas inexistentes ou defeituosas para responder a desastres.
Várias pessoas morreram hoje no centro da capital sueca, Estocolmo, atropeladas por um autocarro num incidente que provocou também vários feridos, afirmou a polícia sueca em comunicado.
A liberdade na Internet em Angola e no Brasil continuou sob pressão devido a restrições legais, à repressão à liberdade de expressão e a campanhas para manipular narrativas políticas, segundo um estudo publicado hoje.
Os Estados Unidos adiaram hoje, pela segunda vez, o lançamento de dois satélites que vão estudar a interação entre o vento solar e o campo magnético de Marte, proporcionando informação crucial para futuras viagens tripuladas ao planeta.
Após os ataques em Magdeburgo e Berlim, os icónicos mercados de Natal alemães estão sob alerta máximo. O governo impôs medidas antiterrorismo rigorosas e custos milionários, deixando cidades e organizadores em colapso financeiro.
Um relatório do Ministério do Interior alemão revela que suspeitos sírios estão associados a mais de 135 mil crimes em menos de uma década. A AfD aponta o dedo ao governo de Olaf Scholz e exige deportações imediatas.
O aumento da temperatura global vai ultrapassar o objetivo de 1,5 graus centígrados no máximo numa década em todos os cenários contemplados pela Agência Internacional de Energia (AIE), relatório anual de perspetivas energéticas globais, hoje publicado.
A Ryanair deve abster-se de impedir o embarque de passageiros, com reserva confirmada, que não sejam portadores do cartão digital, bem como de impor taxas pela utilização do cartão físico, determinou a ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil.